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Saturday, February 07, 2015

um dia qualquer.

Manhã tumultuada no escritório. Clientes - irmãos - brigam sobre testamento dos pais. Lamentável como, assim que certas pessoas morrem, os familiares lutam pelas posses materiais deixadas pra trás.

Chuva. Bastante. Recebo uma ligação. 

- Alô.
- Oi, é o senhor Lima, advogado de testamentos?
- Sim.
- Eu tenho uma amiga muito doente chamada Vanessa no hospital que quer fazer o testamento dela. Seria possível você visitá-la para fazer isso?
- Eu não visito clientes. Ela pode tentar ligar pro escritório e marcar um horário para essa semana. - Um pedido frequente. Se eu visitasse clientes, aí sim eles não teriam dinheiro o suficiente pra me pagar.
- A condição dela está muito mal. Ela não deve ter mais de uma semana de vida, não pode sair do hospital. - Triste. Uma pena. Mas me faltam paciência e tempo.
- Lamento, mas não posso ajudá-los.

Desligo. Pego o carro e saio, preciso em ir outra firma buscar documentos. A chuva continua e, com a neve acumulada na rua, faz aquela mistura nojenta e escorregadia característica do inverno. A mesma pessoa me liga de novo.

- Alô.
- Oi, senhor Smith, eu liguei faz pouco tempo sobre a minha amiga que está no hospital.
- Ah, sim, como eu falei, eu não poss-
- Conseguimos arranjar que ela saia e vá até o senhor. - Um esforço inesperado. Desnecessário? Por que não tentar outro advogado?
- Ah, ótimo, então. Quando?
- Podemos passar pelo seu escritório pelas cinco horas, mas ela não vai poder sair do carro. Está muito frágil, ainda mais com esse clima. - Agora me sinto mal.
- Tudo bem, vejo vocês então.

Desligo. Volto pro escritório e lido com mais famílias estressadas e materialistas. Contratos que vão e vem, palavras que não valem nada, palavras que machucam pessoas amadas. Dez minutos antes das cinco, eu desço e compro um café. Espero sentado na cafeteria. Tem muita gente aqui dentro, fugindo da chuva como eu. O chão daqui também está sujo e escorregadio. Vejo um carro parar na frente do prédio e meu celular toca. Saio e vou em direção ao carro.

Uma pessoa sai do banco de trás do carro. Pelo seu porte físico, imagino ser a pessoa que me ligou anteriormente. 

- Boa tarde, senhor Lima, obrigado por nos ver. - Estamos conversando no meio da calçada, cada um com o seu guarda-chuva, falando alto por causa do barulho da rua, pessoas e água caindo. Tentando não atrapalhar os outros que passam.
- Boa tarde. Onde está Vanessa? - Estamos quase grudados no carro para deixar que as pessoas passem. Tantos guarda-chuvas.
- Aqui no banco de trás. Antes de ir, senhor, peço para que tenha em mente que a condição dela está muito frágil, de verdade, e ela não tem pouco tempo, então seja paciente. Obrigado por fazer isso, de novo. Pode entrar, eu vou comprar algo ali na cafeteria.

Ele vai embora e eu fecho o meu guarda chuva pra entrar no carro.

Vanessa está sentada do lado oposto do que eu entrei. Ela está com a janela aberta, olhando pra rua e com a mão fora do carro, tocando a água da chuva que cai incessantemente. Sem olhar para mim, ela diz:

- Não é um belo dia?

Wednesday, August 06, 2014

a escrita morreu.

Writing is dead.

Percebi isso há algumas semanas atrás. Podem me chamar de antiquado, mas às vezes eu gosto de escrever. Sabe, em papel. Com uma caneta.

Já faz muitos anos que escrever significa digitar. Letrinhas em um monitor ao invés de em uma folha de papel. Por mim tanto faz.

Escrevi em uma folha grande. Uma lista, na verdade. Mas com bastante items. E... na metade dela, minha mão começou a doer bastante. São músculos que eu não exercito mais. Com tanta frequência.

Foi assustador.

Quem é que escreve, afinal, hoje em dia, com caneta e papel? 

Estou fazendo um curso onde se fala bastante sobre escrever. "Escreva uma matéria de 1500 palavras." 

O que querem dizer, claro, é digite. Crie um texto em um teclado e monitor. 

Writing is dead.

Monday, February 24, 2014

um breve sumário sobre gerações passadas.

Esse vídeo tem certa ligação com esse assunto.


Eu tive dois avós que nunca conheci. O pai da minha mãe, morreu antes d'eu nascer, e a mãe do meu pai, morreu quando eu era bebê então não lembro dela. O pai do meu pai morreu quando eu era criança. Ele faleceu quando eu tinha uns 10, 13 anos. Ou menos. Não tenho muitas lembranças dele, exceto lembrar mais ou menos onde ele morava e o fato dele sempre dar cinco reais para os netos quando visitavamos. Mas esse post é sobre a mãe da minha mãe, que fez parte da minha vida por 28 anos.

Eu, como a maioria dos jovens, sempre tive aquela arrogância da juventude. "O mundo é dos jovens, agora é a minha hora." Pessoas mais velhas (70 pra cima) são normalmente consideradas um atraso pois de fato ficam mais lentos com o tempo, assim como todo mundo. E para pesoas jovens isso é sempre um incômodo. Comigo não era diferente e sempre evitei a presença delas. Mesmo que fossem família. 

Apesar disso, eu visitava a minha vó com frequencia, por causa de tradições familiares. Eu não me importava, mas raramente eu participava de conversas longas com a vó. A diferença de idade faz de neto e avô pessoas muito diferentes e, a não ser se você goste ou seja bastante interessado no passado em geral, acho difícil a parte mais jovem se interessar na outra. O avô geralmente quer saber sobre o neto por natureza; porque foi uma criação dele, em parte. 

A vó não tinha câncer ou outra doença fatal, mas com a idade passando, sua saúde sempre piorava. Cada vez mais fraca, mal conseguia andar sem ajuda, não escutava direito, esquecia de tudo; isso é comum. Quando chega a esse ponto, é natural que pessoas mais saudáveis evitem o contato com, perdoem-me a palavra, o moribundo. Praticamente os únicos que permanecem do lado para oferecer ajuda e companhia são a família e quem é pago pra ajudar.

Um dia, uma emergência fez com que levássemos a vó no hospital, cedo da manhã. Ela estava inconsciente, mas viva. Ela passou uns dias assim lá. Acredito que grande parte da família foi visitá-la nesse período mas eu não fui e agora percebo que isso foi uma tolice imensa de minha parte. Seria só pra vê-la, afinal. E ela poderia voltar ao normal, quem sabe? 

Não foi o caso. Menos de uma semana depois, ela faleceu. Fomos ao hospital e tivemos que lidar com terríveis detalhes sobre velório, herança e outros. Nesse momento também podíamos visitá-la. Dava pra vê-la de longe mas eu, novamente, não quis ir. Acho que inconscientemente eu sabia (e agora percebo isso com clareza) que o momento era outro. Não era simplesmente "ver como ela estava." Era o final e ela tinha ido embora. 

No velório e nos dias seguintes, eu não chorei. Eu já estava acostumado com a ideia. Eventualmente ela iria morrer - todos vamos. E isso me leva ao vídeo. É muito, muito mais fácil pegar o celular pra ver as notícias ou conversar sobre o jogo de ontem do que lidar com os próprios sentimentos. Do que lidar com a morte. Eu me treinei a fazer isso. 

Ninguém quer chorar. Você pode gostar da ideia de chorar; de que se alguém chora por algo, significa que ele se importa. Mas quando você chora mesmo (como eu, durante vários desses parágrafos), você se sente exposto. E aqui no meu quarto sozinho ninguém me viu chorando, então é como se não tivesse acontecido. Mas esse texto é um relato do oposto. 



Aproveitem suas famílias. Você tem sorte de ter tanta gente mais velha que se importa com você. Com o tempo, as pessoas vão se indo e, mesmo que seja em uma grande reunião familiar, sem aquela pessoa, não é a mesma coisa. Não é. E o restante só pode continuar. Continuar com as tradições, continuar com a vida. Juntos. 

Tchau, vó. Queria ter me comportado de outra maneira. Obrigado por tudo. Não vamos te esquecer.

Thursday, February 13, 2014

equivalente.

Estava eu hoje na internet quando me deparei com a seguinte discussão. "Qual é o equivalente para fãs de TV e filmes de jogar video games portáteis em público?"

Algumas pessoas responderam "ir ao cinema sozinho." Mas a próxima resposta me marcou. "Ver episódios antigos de Arquivo X sozinho na biblioteca." Visualizei isso e achei muito triste, por motivos que não sei explicar.

E então eu me lembrei do seguinte. Na primeira vez que vim ao Canadá, depois do meu período de estudo, por várias segundas-feiras, eu ia na minha antiga escola só por causa da internet boa pra baixar episódios novos de Mad Men e Game of Thrones. Depois disso, eu almoçava em algum lugar e ia na biblioteca de universidade próxima ver os episódios. Makes you wonder...


(Só pra esclarecer, não vejo nada de errado em jogar PSP ou 3DS em público, apesar de não fazer isso. E não vejo absolutamente nada de errado em ir ao cinema sozinho, visto que eu faço isso toda semana.)

(Devo fazer um post sobre minha segunda vinda ao Canadá em breve... Eu ia fazer uns dias atrás - diferente dos "um pouco sobre minha situação atual" - mas acabei não botando a ideia em prática. Talvez semana que vem.)

Wednesday, December 25, 2013

gatos (parte um)

Conheço três pessoas; um, dois e três. Dois e três são irmãos. Um é com quem me dou mais bem. Um se mudou pra outra cidade. Os três moravam junto e adotaram uma gatinha. O nome dela é Marceline. Eu gostava de visitar um, ver seriados lá (não sou tão íntimo dos outros dois) e brincar com a gata. Mas um se mudou. Segue uma conversa que tive com um uns dias atrás.

Um: Para de visitar dois e três; tu é meu amigo e conheceu eles graças à mim.
Eu: Vou te contar um segredo então. Eu só visito eles por causa da gata.
Um: Como se fosse diferente quando eu morava lá...

Tuesday, October 15, 2013

sonhos e praias.

Tive um sonho recorrente hoje.

Na cidade onde eu moro, tem uma praia. É feia, pequena, quase não tem ondas mas é uma praia. No sonho, o nível da maré aumenta MUITO e tsunamis aconteciam. Tanto que eu, morando na minha casa antiga que fica longe pra cacete da praia, olhava pro horizonte e via ondas gigantes engolindo todo bairro praieiro. Na verdade eu não faço a menor ideia pra que direção a minha casa antiga mira, muito menos se é em direção à praia.

A primeira coisa que eu pensava quando via as ondas era sobre um amigo meu de infância que mora lá. Ele mora a umas quatro quadras da praia. Só um desastre dantesco pra água chegar na frente da casa dele. Mas eu lembro de algo assim ter acontecido no passado... Não dantesco mas preocupante.


Tsunamis são sem dúvida assustadores (e tempestades em alto mar, como filmes hollywoodianos nos mostram) mas o fato do nível da maré poder crescer e alagar também me assombra. Devo esse sonho a esse medo.

Thursday, October 03, 2013

ingenuidade hollywoodiana.

Sharing is Caring a todo gás. Segue conversa que tive com a minha irmã no almoço. Estávamos comentando sobre o cinema novo da cidade. Em parenteses vou botar o que eu pensava. A conversa não foi extamente assim mas a ideia está aí. Eu começo.

- Quero ir no cinema novo.
- Passei lá na frente, tá passando dois filmes, eu acho.
- Quero ver Elysium.
- Isso, tá passando esse. É com o Wagner Moura e Matt Damon...?
- Sim.
- Ué, Wagner Moura tá fazendo filmes em inglês agora?
- Sim. Mas o filme não deve ser tão bom.
- Por que tu quer ver então? (Touché. Com preguiça de elaborar, respondi uma pequena verdade.)
- Porque tem Wagner Moura e Matt Damon.
- Mas se tem os dois, o filme deve ser bom.

Nesse momento, eu tive que rir. Como alguém pode julgar um filme baseado em quais atores o fizeram? Como pode ser tão ingênua? Minha irmã entende (em parte) o que quis dizer com a risada e faz outra pergunta pertinente.

- Vai me dizer que o Matt Damon não é bom ator então? (Tentei lembrar de todos os filmes que já vi com ele mas não consegui parar de pensar em Good Will Hunting.)
- Ele é. (E então finalmente explico.) Mas só porque um filme tem atores bons, não quer dizer que o filme vá ver bom.

Friday, September 27, 2013

diretamente de um filme de woody allen.

A minha vida aqui tem uma rotina agradável. Quando faço algo diferente do que faço todos os dias, é tudo comedido e previsível. Surpresas e mudança de hábito não fazem parte da minha vida aqui. Não estou reclamando. Isto é a famosa zona de conforto. Estou satisfeito em não mudar isso agora, por enquanto, aqui. Ir à exposições de artistas não faz parte disso. Obviamente eu já fiz isso, várias vezes. Acho inclusive uma forma interessante de socializar. Mas hoje eu fiz isso e foi diferente.

Minha experiência com vernissages era limitada a artistas novatos e jovens. Nunca foi nada muito formal e "elitizado." Então que um parente meu do Rio de Janeiro veio pra cá mostrar uma exibição. Isso nunca acontece e então "tive" que ir. Era uma noite fria (mas não tanto) e escolhi vestir uma jaqueta de couro. "Nada muito formal." Cheguei lá e, logo que entrei, percebi duas coisas:

1) Eu não estava bem vestido o suficiente pra isso. Não vou me comparar com as outras pessoas presentes, mas eu me senti dentro de um filme do Woody Allen, em alguma cena de vernissage cheia de gente chata e pretensiosa. Felizmente (e também curiosamente) não lembro da conversa de nenhum estranho, então não pude confirmar isso.

2) Estava muito calor lá dentro. De modo que, de ficar parado e meramente olhando alguns quadros, eu comecei a suar e quase passei mal (admito que o calor não foi o único fator pra isso).


O lugar era pequeno e tinha muita gente. Mas, claro, obviamente, como funciona em qualquer evento social, eu encontrei um conhecido. Ex-colega de faculdade. Claro. Ele estava trabalhando, tirando fotos. Conversamos. Ele perguntou (claro) se tenho "trabalhado na área." Esta imagem me veio a cabeça. Respondi sendo evasivo, como sempre, e então o próprio artista e "dono" da exibição veio falar conosco. Eu sou parente dele, afinal. Depois de alguns segundos, ele foi embora e fiquei a sós com meu conhecido de novo. Ele estava usando terno. Eu tive que assumir. Não poderia ser só eu. "Puta que pariu, que calor tá aqui dentro", eu disse. Ele respondeu na hora. "Um inferno." Ri e me retirei.

Fui pra frente do local, na rua, no frio agradável. Eu não conseguia parar de pensar sobre esteriótipos da classe média-alta / alta. Essas pessoas tem espelho em casa? Obviamente não estou "reclamando" das roupas dos outros (quem sou eu pra fazer isso, vestindo o que estava vestindo?). Mas... Elas parecem exatamente com o que deveriam parecer. Elas não sabem o quão clichê e uptight elas parecem? 

Depois de ficar ali com o segurança por um tempo e expressar, sim, pra ele também, o meu disconforto com o calor lá de dentro (e nada mais, porque não tinha mais assunto e eu não queria mais conversa), fui embora.


PS. Esse texto foi um exercício pessoal. Eu nunca postaria algo assim aqui (por quê?). Eu normalmente conversaria sobre isso com alguém (uma, no máximo duas pessoas). Enfim, sharing is caring.

Monday, September 23, 2013

life of pi.

"I suppose, in the end, the whole of life becomes an act of letting go."

Sunday, September 01, 2013

top.

Um top com literalmente as melhores partes de todos os meus dias:

1) Deitar na cama e ficar confortável com o travesseiro, na hora de dormir.
2) Banho quente de chuveiro.
3) Resto.

Tuesday, August 13, 2013

reclamações.

Pra quem acha que eu não posto tanto aqui quanto antes, vocês realmente deveriam ler o meu Twitter. Todos os dias. Eu estou o tempo inteiro lá. Se você quer me conhecer melhor, leia o meu Twitter. Se você quer ver um link engraçado que eu postaria, leia o meu Twitter. Se você quer a minha opinião sobre o episódio novo daquele seriado, estou lá. Se você quer saber quais notícias me interessam, também.

Eu realmente só separo tempo pra escrever aqui para posts como este, porque, bem, já passei muito mais do que 140 caracteres. Mentira, eu não separo tempo pra escrever aqui porque eu não tenho o que escrever aqui porque o Twitter matou o ato de bloggar. É sabido. Todo mundo sabe disso.


O que quero escrever agora não é sobre isso. Normalmente eu falaria sobre isso com alguma pessoa (talvez tu ou aquela outra). Grafei o isso porque isso na verdade não é nenhum assunto em particular. Caralho, estou enrolando, vou começar.



Reclamar é algo muito pessoal pra mim. Claro, não digo reclamar sobre tudo, como o clima ou a conexão da internet. Muito menos reclamar sobre pessoa X ou Y, porque isso é praticamente fofoca e não perco meu tempo com isso. Refiro-me a reclamar sobre específicos. Detalhes. Agora mesmo eu queria reclamar sobre pessoas que fazem tal coisa, mas aí percebi que as pessoas para quem eu reclamaria normalmente também fazem tal coisa. Então tive que vir pra cá.




O slogan da Nike é realmente o melhor slogan de todos, né. Just do it.

Monday, December 31, 2012

retrospectiva 2012.

Agora sim. Essa lista foi feita ontem e vou entrar em detalhes (em alguns casos) quando me convém. Também comentarei o ano brevemente numa segunda parte.

- Corinthians campeão mundial

Não importa o motivo, isso aconteceu e isso é uma merda. O ano também é feito de lembranças ruins.

- Europa azul: Chelsea campeão da Champions League

Pelo menos isso aconteceu e com jogos espetaculares.

- Breaking Bad segue sendo o melhor seriado atual

Sem comentários. Apenas um fato.

- Menção honrosa a Sherlock

Como bem disse um amigo meu, um episódio de Sherlock é melhor do que muito filme. TV done right.

- Ron Fucking Swanson

Simplesmente o cara.

- New Eleven

Liga de Fantasy Football criada esse ano por um pessoal daqui. Fui pra final mas perdi. Vício.

- Texas, Baby

- Back from Canada

Voltei do Canadá e foi a maior burrice que eu já fiz.

- Adeus, Brasil: uma decisão de vida

Simplesmente não dá.

- Cabaço empresarial

- Outro super-ano de super-heróis (Avengers e TDKR)

Auto-explicativo.

- 15 anos depois, Fiasco III

Diablo 3 não foi grandes merda.

- Comp gaming FTL.

Perdi que não consigo jogar jogos competitivos. Estresse define.

- A trova de um ano: a louca do alemão

- A primeira a casar

- OMFG! bombando

Canal de mIRC que tenho com uns amigos de todo Brasil. Broderagem acima de tudo.

- OPPA GANGNAM STYLE

- Alcoolismo

- Jogos de tabuleiro

- A Song of Ice and Fire (livros)

retrospectiva 2010.

2010? Oi? Sim, achei a lista que, como de costume, faço com meu primo e vou postá-la agora. Não vou entrar em detalhes porque não tenho vontade.

- Adeus, college life
- Dois cursos, menos vida
- Reuniões domingo
- Avatar 3D
- Metallive
- Seriados UK > US
- One Piece segue sendo o melhor anime de todos os tempos
- Volta aos consoles
- O desvio perfeito (bolsista)
- US sports
- MGS4 melhor jogo de todos os tempos
- Quase Lula
- Scott Pilgrim
- Breaking Bad segue sendo o melhor seriado atual
- Abu não dá bi
- Vuvuzela > copa
- Um motivo para ler jornal na biblioteca
- Eu tenho uma stalker! (Oi!)
- O Deus do anime morre (Satoshi Kon)
- Steam é amor

Saturday, December 08, 2012

momentos que não dão pra expressar.

Grandeza é a palavra certa.

Por adorar fotografia e cinema (vídeo), eu sempre procuro capturar um momento quando ele me marca. Mas depois de algumas tentativas, a conclusão é a mesma. Mesmo que a foto ou o vídeo fiquem excelentes, nunca vai ser o mesmo do que estar lá. Isso, claro, já aconteceu várias vezes na minha vida. Não vou tentar lembrar de muitas, mas três me recordo bem.  

Em ordem cronológica: (ninguém vai gostar dessa) quando fui no Rogers Centre, em Toronto, pra ver Buffalo Bills e Washington Redskins. Eu estava fazendo algo que queria muito e fiquei impressionado. A segunda vez foi também no Canadá, quando fui no aeroporto no meio da madrugada buscar meus pais. O nascer do sol graças a parede gigante de vidro foi fantástico. 

E a terceira vez foi o pôr-do-sol de ontem. Eu percebi quando tava tomando banho, acho. Vi um facho de luz na parede a minha frente. Curioso, olhei pra janela pra ver de onde era. O prédio lá da frente refletindo raios solares. Aquela luz dourada. Saí do banho, fui pra sacada e vi esse céu rosa. Tirei a foto e decidi subir na cobertura do prédio, afinal, eu não ia lá desde que fui pro Canadá. Fiquei surpreso com a beleza do céu. Quando estamos sozinhos nesses momentos, é difícil não pensar que aquilo foi feito pra ti. Claro, na hora pensei que milhares de pessoas também estão vendo esse mesmo pôr-do-sol, em inúmeros países diferentes. Esse momento não é só meu. Mas ali de cima, desse prédio, com aquele ponto de vista, sim, é só meu.

Monday, August 27, 2012

they don't chat online anymore.

(Quando digo eles quero dizer eu.)

Não sei, desde sempre gostei de conversar pela internet. No fundo tinha aquela dúvida de "prefiro online ou cara-a-cara?" mas, agora que percebi que prefiro o segundo, eu simplesmente parei de conversar com as pessoas pelo computador. A falta de MSN talvez implique um pouco isso, mas não muito (entrei uma vez algumas semanas atrás e, surpresa, as mesmas pessoas de sempre). Também não converso muito pelo Facebook pois detesto ficar online lá. Uso o Twitter como chat e funciona. O mIRC também segue firme e forte.

Se você aí quer conversar, mande um e-mail.

(Em outra nota, comecei a fazer um 1000 Awesome Things só meu. Talvez eu poste aqui eventualmente.)

Friday, July 06, 2012

Saturday, June 16, 2012

social, só que não.

Aconteceu hoje. Escrevi em inglês e não estou com vontade de traduzir.


"So I was buying some new furniture (computer desk) at a store close-by. I was sitting to check if there would be enough room for my legs under the desk because I'm tall. Suddenly, my dad walks by the front of the store, looks inside and sees me. After a couple of minutes of us talking to the clerk, we left.

Hours later, he's venting some shit (I don't mind) and he started talking about his mom (she died before I was born, over 25 years ago). He says she told him once that he always looked so serious and never smiled. He then mentioned I was doing the same today. Yes, he notices I have fun with my friends but that's about it. Why wouldn't I smile and 'be nice' more often?


I... just can't see why. Why would I be nice to strangers? I mean, smiling and being super friendly? Why? Especially clerks, they are just doing their job and I just want to buy shit, why should we make it pleasant or fun?"


É.

Sunday, April 29, 2012

Creative Writing #3

Sobre quando fui no Rogers Centre (estádio do Toronto Blue Jays) pra ver o meu primeiro jogo da NFL (Buffalo Bill's e Washington Redskins). 

"Every Torontonian knows that, on a game day, south of Front Street and Union Station is going to be filled with sports fans. Jays, Raptors or Leafs, it makes no matter, the lake comes crashing in and all you can see is a sea of blue people, wearing jerseys to support their teams. On that particular Sunday, though, the blue belonged to Buffalo as the Bills were playing the Washing Redskins on Rogers Centre for the National Football League. 'Want the NFL? Go to the NFL' said a banner hanging in one of the stadium's many gates. And that was precisely what we were doing. Canadians fans of American football. 

After a quick entrey on Rogers Centre, with no problems whatsoever, I was given a small blue towel with the Bills logo (a buffalo, of course) that said 'Lead the Charge', so I could spin it around as they scored. A couple of ramps later, I was at an outer ring of the stadium and started looking for guidance and pointing arrows. There were the usual food joints, lines everywhere, blue and red fans coming and going, families, friends and couples. It always makes me smile to see a couple wearing jerseys from rival teams. After some steps, I looked to my right and saw one of the hallways leading to the field and seats. I didn't bother to check if it was the right one because I was immediately draw to it. The end of it was barely visible yet it didn't seem possible.

Once through it, I stopped and let my eyes do their job. That was it. Thousands of seats everywhere, empty and occupied; to immediate sides, steep steps going all the way up. As my view followed the rings of seats, they reached the opposite side of where I was and people there were just so small that if I screamed something and the stadium was dead quiet I wonder if they'd be able to listen to my words. And, most important of all, right in front of me was the green field, both teams already practicing on opposite sides of it with several footballs. 

I took pictures but I feel I should just delete them because they don't make me experience the same feeling and extremely poor descriptions of that moment. How could I limit this to a computer screen when I feel my eyesight is failing me because there's just so much to see? This is it. This is the NFL. Game on."

Creative Writing #2

Sobre a minha visita à CN Tower.

"I chose a very peculiar day to go to the CN Tower. December 26th. A Monday. A blue, cloudless sky painted Toronto and I decided to walk there from Sherbourne and King. As I approached downtown I could already see the type of people I'd meet on the tower; people that walked downtown Toronto the day after Christmas: tourists. 

Once there, the line was bigger than expected. I decided to wait for it to get smaller, as I people-watched. It's the perfect place to play "guess where these guys are from." Saudi Arabia, Germany, France or Quebec. You can't really tell with Spanish people. One large group showed up; a dozen parents and twice as many teenage boys. They wore all the same red uniform, along with their light blond hair and the brightest blue eyes. I told myself they were the junior Swedish national hockey team. The whole group eventually joined the line and got in. Well, I should get in too. A short moment after that, I was already buying tickets, joining lines, walking towards where I was pointed to, seeing people entering souvenir stores and leaving with merchandise related to either bears, mooses or red leafs. Once on the surprisingly small elevator, the ride began.

We could see the bottom of the tower getting away through the partially glassed floor. We could tell the elevator was extremely fast because suddenly all surrounding high-rises were already beneath us. The first floor or main part of the CN Tower had restaurants, other elevators, stairs for the strong hearted and a great view. On the last inches of the wall, where it ended and the view began, you could see names written through time. Couples, mostly. Boy and girl, and then the year. Some dated 10, 15 years back. I wondered if some of them were still together. The inside walls of the building was filled with information about the tower and towers in general. It lead me to the glass floor. 

To that moment, I still wasn't sure either I was afraid of heights or not. I decided that I was. The glass was enforced in a way that even if elephants were on top of it, it wouldn't break. Some guy was lying on it as his wife took a picture of his head aside of the ground, miles and miles down. Yet when I stepped on the glass, I made sure to put some pressure on it to see if it really wouldn't break. No chance in hell I'm standing here with my two feet, I thought and then I went to the Skypod. Now there, the highest tourists could go, I was impressed.

A very small circular area was destined for people to walk, while everything around us was Toronto and the lake. Whoever is walking down the street is a dot to you on the Skypod. Even the tallest skyscrapers seemed small, as if you were on a helicopter watching over the city. Except instead of the deafening noise, there was only the wind. You could see the waves on the lake. thing, uneven lines starting on the shore and going on and on. You are so faraway that you don't notice they are moving. The sunset made the water dark blue, the color of the ocean. Eventually one plane landed on the airport island. And then another. And to my other side, the North, there laid Toronto.

It was a holiday so all those important and signature-of-the-city-skyline buildings were empty. How many hundreds would go there to work within the next 24h? They go up and down and back home and from here you didn't even see it. Home. Not only everyone worked somewhere my eyes could see, they also lived somewhere down there. This is Toronto and this is all there is to it. I'd say it's as big as my eyes could see but close to the horizon there were trees and no more streets or buildings. That's where North started. But this is all Canada."

Tuesday, April 24, 2012

Creative Writing #1.

Então que eu estou fazendo um curso na Universidade de Toronto sobre Freelance Writing. Mais especificamente, Travel Writing. E eu gosto dos meus textos e vou postá-los aqui. Em inglês porque não tenho saco pra traduzir.

O primeiro é sobre, em parte, sair da minha casa, andar uma quadra e ir até o Café Aquários pra escrever.

"I need to write but there's no coffee. 

As I walked out of the hotel, I could sense the heaviness of the air. They sky was grey and white, either from smoke or clouds. I was just out of a steaming hot shower but after a couple of steps I felt I could use another one. This is not a complaint; the city seemed to be a reflection of myself. I always felt trouble when I had to write. The streets were full with of life but it didn't feel right. Maybe it was the paleness of colors or lack of smiles. I was hurrying through the business of downtown and suddenly I was at the cafe. 

The ring of the door made her look at me and by an exchange of looks she knew what I wanted. As I sat, I opened my notepad and took the pen out of my pocket. Anxious, I looked to my right. Through the glass wall, I saw cars, old men chatting and smoking, jaywalkers, the bank across the street, a man shining another's shoes while he flipped the pages of a newspaper. 

My deadline was tomorrow and I need to write. The coffee. I could sense her smiling as she laid the cup on my table and said something nice to which I didn't gave much thought. I thanked her, she left and I took a deep breath. The smell calmed me. I looked at my hand on the notepad, pen in place. And then I started writing."