Friday, December 26, 2014

palavras e ações.

Palavras não significam nada. E ações frequentemente são interpretadas de outra forma.

Friday, November 07, 2014

nano 02.

- E o que você faz?
- Eu sou Editor de Conteúdo Online do website.
- Mas o que você faz? O que isso significa?

Monday, November 03, 2014

nano.

"Can't.

Busy.

Sorry."

Monday, October 27, 2014

NaNoWriMo 2014 (e mais).

NaNoWriMo significa National Novel Writing Month. É em Novembro.

É um projeto que desafia aspirates a escritores (ou simplesmente gente que gosta de escrever) a escrever um livro de CINQUENTA MIL PALAVRAS em 30 dias. Isso é mais de mil palavras por dia.

Porém, o que você escreve não precisa fazer sentido. Não precisa ser um livro com início, meio e fim. Pode ser literalmente qualquer coisa, desde que sejam 50,000 palavras em 30 dias. É mais sobre o compromisso, do que sobre escrever algo lógico.

Tenho dois amigos que completaram o desafio ano passado. Eu tentei, não seriamente, e não lembro quantas palavras consegui. Poucas.

Esse ano talvez eu tente de novo. Talvez não seja seriamente de novo. Esses pedaços que escrevi aqui nos últimos posts fazem parte disso. Vou taggear tudo que for parte disso como "nano." Não sei como vão ser o nome dos posts.

Provavelmente tudo que eu escrever aqui durante Novembro vai fazer parte disso. Se estiver taggeado como "nano", faz parte. Mesmo que eu escreva "hoje eu fui pra faculdade e fiz isto." É ficção.

E teoricamente não se deve compartilhar o que está escrevendo no livro, mas eu vou postar aqui. Pretendo escrever, como estou fazendo, vários pedaços.

-

Como alguns de vocês devem ter percebido, eu mudei o meu blog de cinema pra cá. Talvez eu mude esse blog pro WordPress também. Talvez mude o blog de nome.

Sei lá.

Friday, October 10, 2014

pedaço 4.

- Sorry, I'm... You're a good listener.

Saturday, September 27, 2014

pedaço 3.

- You can smile if you want to.
- I don't.

Her smile says "fuck you."

Monday, August 11, 2014

pedaço 2.

- Entendi o que você está fazendo. Você está descontando sua frustração nela, sendo que ela é inocente. Ela não merece esse tipo de tratamento.
- Então o que eu faço pra não me sentir mal assim?
- Sei lá. Faça como todo mundo faz. Repressão. Ignore e continue com o seu dia. Beba sozinho em um bar e brigue com alguém. Dê um soco na parede. Quebre coisas.

Wednesday, August 06, 2014

a escrita morreu.

Writing is dead.

Percebi isso há algumas semanas atrás. Podem me chamar de antiquado, mas às vezes eu gosto de escrever. Sabe, em papel. Com uma caneta.

Já faz muitos anos que escrever significa digitar. Letrinhas em um monitor ao invés de em uma folha de papel. Por mim tanto faz.

Escrevi em uma folha grande. Uma lista, na verdade. Mas com bastante items. E... na metade dela, minha mão começou a doer bastante. São músculos que eu não exercito mais. Com tanta frequência.

Foi assustador.

Quem é que escreve, afinal, hoje em dia, com caneta e papel? 

Estou fazendo um curso onde se fala bastante sobre escrever. "Escreva uma matéria de 1500 palavras." 

O que querem dizer, claro, é digite. Crie um texto em um teclado e monitor. 

Writing is dead.

Friday, June 27, 2014

sobre gostos e subjetividades.

Eu provavelmente já tenha comentado brevemente sobre isso aqui.


Hoje eu tava pensando sobre minhas músicas favoritas. É provável que eu nunca vá ser capaz de responder essa pergunta mas vou perguntá-la. Quando tu escuta um disco qualquer pela primeira vez, de algum estilo musical que você gosta... 

Por que alguma músicas se destacam mais pra ti do que outras? Por que eu gosto mais de, por exemplo, Only God Can Judge Me do 2Pac (o que faz com que eu consiga escutá-la no repeat várias vezes) do que qualquer outra música dele?

Por um lado, eu consigo explicar. É o motivo que me faz gostar de quase qualquer música. É por causa da melodia. Não necessariamente da melodia principal, do refrão, do primeiro verso. Pode ser qualquer melodia que me atraia. 


Essa comic é relevante. Não existem cursos de música, cinema e literatura por nada. Gosto é gosto, mas certas obras são objetivamente superiores a outras.

Wednesday, May 28, 2014

pedaço.

- For instance, this joke right here. Why did you make it?
- Because it's funny.
- Is it, though?

Friday, May 02, 2014

comédia.

“Case com alguém que te faça rir.” É comum ver esse tipo de frase e conselho, mas quem leva isso realmente a sério? Eu sim.

Assim como filmes e música, a comédia pra mim sempre foi um pedaço muito importante da personalidade de alguém. Quando tu acha alguém que compartilha afinidade contigo nessas coisas, é aí que você sabe que conheceu alguém interessante e que vá te agradar por mais tempo do que apenas uma “pessoa agradável.” É excitante mentalmente quando você está vendo um filme de comédia e a tua companhia ri na mesma hora que tu ou das mesmas piadas. Não falo de piadas óbvias. Falo de detalhes, frases bem colocadas, por exemplo.

Estranho, sinto que queria dizer mais a respeito, mas acho que resumi bem.

É por isso que eu sempre vou buscar comédias novas e desconhecidas; pra explorar o meu senso de humor. A comédia é uma arte. Apreciem.

Friday, March 28, 2014

rant.

I am so fucking tired of social conventions dictating how we must act.

Essa porra é tão cansativa. Na sociedade de hoje, mais do que nunca, é tão óbvio que tais regras não se aplicam para todos. Então por que segui-las?

Porque elas foram marteladas na nossa cabeça desde criança. É nosso "instinto" como membros "sociais."


Um dia termino esse post...

Thursday, March 27, 2014

fumantes.

>Staying overtime at work, step out front to have a smoke
>It's dark out, but since it's a huge city, not a single star is visible
>I still look up and search for them 
>"Mind if I bum a smoke?"
>I look down from the sky to see a girl standing in front of me
>I sorta recognize her as one of the secretaries belonging to a different department from mine, I recongize her because she's very cute
>Without saying anything I hand her a smoke, she has her own lighter
>We smoke in silence for a minute
>She starts talking to me, I start talking back
>This is odd for me because I usually am a huge beta around women, but for some reason it's different with her
>Maybe because the fact that she smokes brings her down to earth or something
>I don't know
>After a while (and a second round of smokes) she sighs and says "You seem like a nice guy"
>I shrug
>She says "I'd give you my number, but I don't date smokers"
>I reply "Funny, I was just about to say the same thing to you"
>She stares at me, then starts laughing, really loud and heavyily 
>When she finally catches her breath she smirks at me as she asks for my phone and puts her number in my contacts as "Babe"
>She gives me her phone and I put in my number in her contacts, also as "Babe" 
>She laughs even more

"And that's the story of how I met my first and only girlfriend, which is now my ex-girlfriend."

Sunday, March 16, 2014

star stuff.

"there is a fundamental reason why we look at the sky with wonder and longing — for the same reason that we stand, hour after hour, gazing at the distant swell of the open ocean.

there is something like an ancient wisdom, encoded and tucked away in our dna, that knows its point of origin as surely as a salmon knows its creek.

intellectually, we may not want to return there, but the genes know, and long for their origins — their home in the salty depths. but if the seas are our immediate source, the penultimate source is certainly the heavens…

the spectacular truth is — and this is something that your dna has known all along — the very atoms of your body — the iron, calcium, phosphorus, carbon, nitrogen, oxygen, and on and on — were initially forged in long-dead stars. this is why, when you stand outside under a moonless, country sky, you feel some ineffable tugging at your innards.

we are star stuff. keep looking up."

(gerald d. waxman, astronomical tidbits, 2010)

Thursday, March 06, 2014

thursday.

 "Thursday is a lost cause, but we will keep on fighting. We will get up, say “Yes! Today is a different day than before!” believing this against all evidence, eating food like that matters. Going to jobs that mean the same thing as they did before, but cast in a new light by our own optimism, which will slowly drain away until all that is left is the movements and thoughts we’ve had before. Echoes of ourselves, underlined to emphasize the lack of emphasis.

Coming home, drifting home. Aimless homeward wandering into a kitchen that is too small for our needs, and eating food that isn’t what we imagined it would be. And watching television that means more to us than our jobs. And, finally, falling asleep – in which we dream of the Thursday that could be…if only we lived Thursday to the full potential of its Thursday-ness, not expecting it to be anything but Thursday, embracing every inch of its Thursday reality, and living each Thursday moment anew, only to wake the next Thursday, and again impose, unsuccessfully, our imagined Thursday onto the unyielding frame of Thursday. Our Thursday. A lost cause."

Monday, February 24, 2014

um breve sumário sobre gerações passadas.

Esse vídeo tem certa ligação com esse assunto.


Eu tive dois avós que nunca conheci. O pai da minha mãe, morreu antes d'eu nascer, e a mãe do meu pai, morreu quando eu era bebê então não lembro dela. O pai do meu pai morreu quando eu era criança. Ele faleceu quando eu tinha uns 10, 13 anos. Ou menos. Não tenho muitas lembranças dele, exceto lembrar mais ou menos onde ele morava e o fato dele sempre dar cinco reais para os netos quando visitavamos. Mas esse post é sobre a mãe da minha mãe, que fez parte da minha vida por 28 anos.

Eu, como a maioria dos jovens, sempre tive aquela arrogância da juventude. "O mundo é dos jovens, agora é a minha hora." Pessoas mais velhas (70 pra cima) são normalmente consideradas um atraso pois de fato ficam mais lentos com o tempo, assim como todo mundo. E para pesoas jovens isso é sempre um incômodo. Comigo não era diferente e sempre evitei a presença delas. Mesmo que fossem família. 

Apesar disso, eu visitava a minha vó com frequencia, por causa de tradições familiares. Eu não me importava, mas raramente eu participava de conversas longas com a vó. A diferença de idade faz de neto e avô pessoas muito diferentes e, a não ser se você goste ou seja bastante interessado no passado em geral, acho difícil a parte mais jovem se interessar na outra. O avô geralmente quer saber sobre o neto por natureza; porque foi uma criação dele, em parte. 

A vó não tinha câncer ou outra doença fatal, mas com a idade passando, sua saúde sempre piorava. Cada vez mais fraca, mal conseguia andar sem ajuda, não escutava direito, esquecia de tudo; isso é comum. Quando chega a esse ponto, é natural que pessoas mais saudáveis evitem o contato com, perdoem-me a palavra, o moribundo. Praticamente os únicos que permanecem do lado para oferecer ajuda e companhia são a família e quem é pago pra ajudar.

Um dia, uma emergência fez com que levássemos a vó no hospital, cedo da manhã. Ela estava inconsciente, mas viva. Ela passou uns dias assim lá. Acredito que grande parte da família foi visitá-la nesse período mas eu não fui e agora percebo que isso foi uma tolice imensa de minha parte. Seria só pra vê-la, afinal. E ela poderia voltar ao normal, quem sabe? 

Não foi o caso. Menos de uma semana depois, ela faleceu. Fomos ao hospital e tivemos que lidar com terríveis detalhes sobre velório, herança e outros. Nesse momento também podíamos visitá-la. Dava pra vê-la de longe mas eu, novamente, não quis ir. Acho que inconscientemente eu sabia (e agora percebo isso com clareza) que o momento era outro. Não era simplesmente "ver como ela estava." Era o final e ela tinha ido embora. 

No velório e nos dias seguintes, eu não chorei. Eu já estava acostumado com a ideia. Eventualmente ela iria morrer - todos vamos. E isso me leva ao vídeo. É muito, muito mais fácil pegar o celular pra ver as notícias ou conversar sobre o jogo de ontem do que lidar com os próprios sentimentos. Do que lidar com a morte. Eu me treinei a fazer isso. 

Ninguém quer chorar. Você pode gostar da ideia de chorar; de que se alguém chora por algo, significa que ele se importa. Mas quando você chora mesmo (como eu, durante vários desses parágrafos), você se sente exposto. E aqui no meu quarto sozinho ninguém me viu chorando, então é como se não tivesse acontecido. Mas esse texto é um relato do oposto. 



Aproveitem suas famílias. Você tem sorte de ter tanta gente mais velha que se importa com você. Com o tempo, as pessoas vão se indo e, mesmo que seja em uma grande reunião familiar, sem aquela pessoa, não é a mesma coisa. Não é. E o restante só pode continuar. Continuar com as tradições, continuar com a vida. Juntos. 

Tchau, vó. Queria ter me comportado de outra maneira. Obrigado por tudo. Não vamos te esquecer.

Thursday, February 13, 2014

equivalente.

Estava eu hoje na internet quando me deparei com a seguinte discussão. "Qual é o equivalente para fãs de TV e filmes de jogar video games portáteis em público?"

Algumas pessoas responderam "ir ao cinema sozinho." Mas a próxima resposta me marcou. "Ver episódios antigos de Arquivo X sozinho na biblioteca." Visualizei isso e achei muito triste, por motivos que não sei explicar.

E então eu me lembrei do seguinte. Na primeira vez que vim ao Canadá, depois do meu período de estudo, por várias segundas-feiras, eu ia na minha antiga escola só por causa da internet boa pra baixar episódios novos de Mad Men e Game of Thrones. Depois disso, eu almoçava em algum lugar e ia na biblioteca de universidade próxima ver os episódios. Makes you wonder...


(Só pra esclarecer, não vejo nada de errado em jogar PSP ou 3DS em público, apesar de não fazer isso. E não vejo absolutamente nada de errado em ir ao cinema sozinho, visto que eu faço isso toda semana.)

(Devo fazer um post sobre minha segunda vinda ao Canadá em breve... Eu ia fazer uns dias atrás - diferente dos "um pouco sobre minha situação atual" - mas acabei não botando a ideia em prática. Talvez semana que vem.)