Wednesday, April 29, 2009

Sentia falta dos meus sutis "foda-se."

Sunday, April 26, 2009

03/05/07
Era uma vez o menino mais egoísta do mundo. Ele tinha um nome próprio, mas ele se chamava por Ego. Ego só queria deixar Ego feliz. Ego fingia que gostava dos outros, só para que os outros gostassem dele. Quanto mais os outros gostassem dele, mais feliz Ego ficava. Mas Ego era mau. Ele obrigava as pessoas a gostarem dele, deixava elas sem alternativas. E Ego no fundo não gostava de ninguém, só dele mesmo.

Ego só queria deixar Ego feliz. Unicamente isso.

As pessoas gostavam dele. Realmente gostavam. Mas Ego se cansava rapidamente delas. Era como se a missão de Ego fosse fazer todo mundo gostar dele, um de cada vez. Quando ele cansava da pessoa, ele nunca mais falava com ela. Se falasse, nunca sorria. Se sorria, nunca era de verdade.

Ego só tinha a si mesmo.
Ego ainda vive até hoje. Sozinho.

Wednesday, April 15, 2009

inaceitável.

Certas coisas na vida eu não consigo aceitar. Eu deveria fazer uma tag sobre isso.

Não admito que romances sejam passageiros. É, eu sei o que você está pensando. Mas é sério mesmo. Existe gente que consegue, claro, passar a vida inteira só com uma pessoa (seja pelo motivo que for). E isso me deixa muito feliz e contente com a raça humana. Mas isso cada menos parece acontecer. A maioria fica namorando por meses ou anos, quem sabe até um noivado, mas frequentemente acaba por aí. Acho que deve ser complicado, de fato, conhecer tão bem uma pessoa e conviver tanto com ela. Por mais que ela seja a melhor pessoa do mundo.

Mas, porra, não era pra ser assim. Quando alguém se apaixona, não deveria desistir, assim como o sentimento não deveria sumir com o tempo / falta de contato / whatever.

Nunca vou me acostumar com a expressão "paixões são passageiras."

Tuesday, April 14, 2009

opeth.

"Pois bem.

No ano de 2005, eu vi vários amigos meus irem a show de metal de bandas legais, boas e famosas. E olha que não foram poucos os shows bons. Eu, contudo, apesar de conhecer as bandas, não conhecia tanto. Poderia, claro, semanas antes dos shows, baixar tudo e me viciar, mas eu seria um fã que conhece bem a banda há pouquissimo tempo e, bom, isso não tem graça. Legal mesmo deve ser quando se é fã há bem mais tempo.

Então um dia eu estava falando com um amigo sobre o show do The Gathering. Ele perguntou se eu ia ir, e eu, fiz como nos outros shows, disse que conhecia pouco; um, dois discos, no máximo dos máximos. "Que se foda", eu disse (confesso que estava um pouco de mau humor), "show de metal no brasil EU SÓ VOU SE FOR: Slayer, Opeth ou My Dying Bride. ou Metallica (e Katatonia, acresentado mais tarde). SÓ." Obviamente eu não tinha menor esperança que qualquer dessas bandas viessem para o Brasil. Metallica, de novo, talvez. Slayer? Com cd novo, talvez. agora MDB e Opeth (e Katatonia) nunca. Mesmo.


A primeira música que eu ouvi do Opeth, na verdade, não é deles, é aquele cover do Iron Maiden, "remember tomorrow". Escutei pouquissimas vezes, nem lembro como é. Isso foi em 2000. gostei. Baixei umas coisas avulsas, tudo do começo, Orchid e Morningrise, principalmente. Muito bom, muito bom. Pode-se dizer que nessa época eu já gostava muito de Opeth, das poucas coisas que conhecia. Até decorei todos os riffs de Black Rose Immortal, música de 20 minutos (não sei se lembro agora, faz tempo que não escuto esse cd). Em 2000, também, era tudo diferente; eu só ouvia metal. Até que um dia me enjoei. "É tudo igual". Pegue um estilo musical, as músicas são diferentes, mas a fórmula é a mesma. Opeth, não. Eu não via fórmulas neles, não tinha outras bandas parecidas. então conheci mais zilhões de bandas dos mais diferentes estilos e fui fazendo novas bandas favoritas. Mas Opeth eu continuava escutando (além de Slayer, claro, MDB, bandas indispensáveis assim).

Então Opeth chegou ao topo do meu conceito. Não me lembro exatamente quando foi, mas Opeth virou a minha banda favorita de metal. Ainda é, digo com orgulho. Ainda é.

Pois então.

Pois então que hoje eu descubro que esses malditos finalmente vem para o Brasil. Pela primeira vez. Shows no Rio, Sampa e Curitiba. Em Ctba, o mais perto daqui, é dia 1º de outubro de 2006. ainda falta zilênios, eu sei. Mas não importa. Por fim, eu, que nunca tinha ido a um show de uma banda que realmente gostasse mesmo, que jamais acreditava que umas das bandas citadas acima viria pra cá, vou no show da minha banda favorita de metal.

Não; ainda não caiu a ficha."


Texto escrito em Fevereiro de 2006. Deu tudo errado e os shows só foram ocorrer agora pouco, em 2009. E eu fui.

Monday, April 13, 2009

a superioridade do simples perante o detalhado.

Então, acompanhem meu raciocínio, é simples (derp).

Com a tecnologia e recursos de hoje em dia, não é tão difícil fazer as pessoas gostarem do seu filme, por exemplo. Se não gostar da estória, pode gostar de tal personagem. Ou da trilha sonora. Ou dos efeitos especiais. Isso significa que os produtores e criadores podem apelar ao seu público de diversas formas. Antigamente não era assim.

Por muitos anos, o único passatempo culto das pessoas era ler. E é exatamente por isso que eu sempre vou respeitar mais autores fodas do que diretores fodas. Quem faz um livro, só dispõe de um recurso: palavras. É só isso. Com o cinema, como eu disse, você pode fazer zilhões de coisas.


É por isso que algo legal, de forma simples, sempre será mais foda do que algo legal, de forma mais complexa. Ainda que ambas possam ser extremamente divertidas e geniais, quem usa menos recursos, merece mais respeito.


(E com esse post, já provo outro ponto: Menos é mais, minimalismo é a minha vida.)

Friday, April 10, 2009

"I will lie in my grave dreaming of things I might have been."

Thursday, April 09, 2009

Sabe aquela cena no Clube da Luta onde o cara diz que sempre deseja que o avião caia quando está voando? E aí ele imagina o avião partindo ao meio e tudo mais.

Durante essa minha última viagem para SP, no meio do ar e escutando post-rock, eu pensava que o avião poderia partir ao meio, que eu morreria feliz.


That's how much I like PR.

Tuesday, April 07, 2009

sharing is caring.

Sempre fui uma pessoa muito reservada. Escolhia cuidadosamente para quem iria contar, bem, quase tudo, isso quando contava. Digo logo de cara que ser reservado é uma merda. Você sente como se tivesse mil coisas para contar, assim, coisas desinteressantes, e acaba que quando se depara com alguém que você gosta, você não se sente confortável o suficiente para contar, ou whatever.

Muita coisa que já falei foi somente para algumas pessoas. E, com algumas dessas, eu nunca mais falei. Injusto, não? É algo como "OK, só tu vai me conhecer e a minha vida é a seguinte.." Então vou postar um trecho de algo que escrevi pra alguém uma vez. Não é nada demais, é apenas um parágrafo sobre aeroportos. Gostaria de poder fazer disso (compartilhar coisas que só compartilhei com poucas pessoas) mas... o passado é tenso e prefiro deixá-lo lá. Por enquanto.

Também aproveitarei o post para fazer outro Existe algo mágico sobre... Lá vai.

Existe algo mágico...

"Enfim, sobre aeroportos. É mais ou menos pelo mesmo motivo que citei o metrô de NY. Eu só viajei de avião duas vezes na vida. A tal vez pra SP com o meu amigo e uma outra, há muitos anos, com a família, pro Rio (eu era criança e nem lembro direito). É tudo uma questão de possibilidades e probabilidades. Se você pega um ônibus na sua cidade, é provável que pessoas parem na mesma parada que tu, assim como também é provável que mais gente entre contigo no ônibus, mas que vá para lugares diferentes; por mais que seja perto. Com rodoviárias, as possibilidades aumentam. Eu fico me perguntando, olho pra alguém sozinho com malas e penso, pra onde será que ela vai, de onde é, quais os motivos da viagem, por que ela está aqui nesse horário e não pegou um ônibus antes ou depois... Essas coisas. Sei lá, sempre acho que vou achar alguém que está viajando sozinho, fugindo da vida, sabe. Do tipo "Fiz uma mala, não avisei pra ninguém e peguei qualquer ônibus pra qualquer lugar longe." Sempre parece que tem alguém assim nesses lugares. Mas veja bem, por exemplo, aqui na rodoviária de onde moro, existe isso, mas a probabilidade que seja alguém, sei lá, do Nordeste, é muito pequena. Agora, com aeroportos, as probabilidades aumetam novamente. Um aeroporto internacional de SP então, nossa! Gente do exterior, vôos a cada hora para países distantes, estrangeiros que nunca vieram pro Brasil chegando. É praticamente impossível encontrar alguém que se encontrou lá em qualquer outro lugar. É um lugar cheio de chances únicas. As pessoas estão lá em tal horário por tal motivo e é somente isso que as liga. Não é porque todas fazem a mesma faculdade, como eu em relação com as outras pessoas aqui do laboratório. A coisa em comum é que elas todas estão de passagem, saindo do aeroporto pra outro lugar - mesmo as que são de SP e estão chegando. Eu sempre fico pensando, imagina se eu encontro alguma pessoa que parece bem interessante num lugar desses. Eu só teria essa chance de falar com ela."