Wednesday, December 25, 2013

gatos (parte um)

Conheço três pessoas; um, dois e três. Dois e três são irmãos. Um é com quem me dou mais bem. Um se mudou pra outra cidade. Os três moravam junto e adotaram uma gatinha. O nome dela é Marceline. Eu gostava de visitar um, ver seriados lá (não sou tão íntimo dos outros dois) e brincar com a gata. Mas um se mudou. Segue uma conversa que tive com um uns dias atrás.

Um: Para de visitar dois e três; tu é meu amigo e conheceu eles graças à mim.
Eu: Vou te contar um segredo então. Eu só visito eles por causa da gata.
Um: Como se fosse diferente quando eu morava lá...

Monday, December 16, 2013

um ano em reprise.

"sem amor sem nada"

Sunday, December 01, 2013

sleepyhead.

Existe algo mágico sobre dormir e sonhar.

Dormir é uma experiência transcendental que acontece todos os dias. Você literalmente vai além dos limites do corpo e deixa o inconsciente te levar pra onde ele quiser. É o apogeu do escapismo da vida diária. Outros recorrem às drogas, mas dormir e sonhar servem pra mim.


É completamente surreal pra mim que o conceito de sonhar existe. Passar por experiências e sentir emoções que não estão realmente acontecendo



Eu gostaria muito de estudar sobre isso pra fazer um post mais técnico a respeito. Por enquanto isso vai bastar.

Friday, November 29, 2013

famiglia.

- This is the life you want?
- Isn't this what we do?

Sunday, November 10, 2013

Saturday, October 19, 2013

sangue.

"Just a few things I want to say. Whatever occurred, it's over. But every now and then you'll think about the terrible thing that happened to a boy whose face you can't quite remember. I promise, you can live with it. You're going to graduate. We'll get you into another school if that's what's necessary. It's not important now. You worry about what other people might say. You worry about someone you call a friend. None of that matters. The only thing you can count on is blood. The blood that's in your veins and the blood that's in mine. The people who discount you, they don't know who you are. The rage you feel... Listen to me careful... It's a gift. Use it. But don't let anyone see it. Know that I'm watching over you. Show me the person you intend to be."

Tuesday, October 15, 2013

sonhos e praias.

Tive um sonho recorrente hoje.

Na cidade onde eu moro, tem uma praia. É feia, pequena, quase não tem ondas mas é uma praia. No sonho, o nível da maré aumenta MUITO e tsunamis aconteciam. Tanto que eu, morando na minha casa antiga que fica longe pra cacete da praia, olhava pro horizonte e via ondas gigantes engolindo todo bairro praieiro. Na verdade eu não faço a menor ideia pra que direção a minha casa antiga mira, muito menos se é em direção à praia.

A primeira coisa que eu pensava quando via as ondas era sobre um amigo meu de infância que mora lá. Ele mora a umas quatro quadras da praia. Só um desastre dantesco pra água chegar na frente da casa dele. Mas eu lembro de algo assim ter acontecido no passado... Não dantesco mas preocupante.


Tsunamis são sem dúvida assustadores (e tempestades em alto mar, como filmes hollywoodianos nos mostram) mas o fato do nível da maré poder crescer e alagar também me assombra. Devo esse sonho a esse medo.

Sunday, October 13, 2013

Saturday, October 12, 2013

boardwalk empire.

- Mr. Rothstein is not my boss. We share some business dealings-
- Tell me something about yourself.
- I'm a businessman. Charlie and I have partnered in several high-level endeavors.
- No, about yourself. What kind of man you are.
- When I was a boy, my father moved us from Russia to the Lower East Side. He was weak, my father. Never stood up. One day on my way to school, I got stopped by a gang of older boys. The leader said he wanted my lunch money. I told him go fuck himself. He laughed. Said hid he'd beat it out of me. So I spit in his face. He did beat me. They all did. And they took my money. Next day, same thing. Again, I spit in his face, again we fought. But the third day, the kid asked me to join his gang.

Thursday, October 03, 2013

ingenuidade hollywoodiana.

Sharing is Caring a todo gás. Segue conversa que tive com a minha irmã no almoço. Estávamos comentando sobre o cinema novo da cidade. Em parenteses vou botar o que eu pensava. A conversa não foi extamente assim mas a ideia está aí. Eu começo.

- Quero ir no cinema novo.
- Passei lá na frente, tá passando dois filmes, eu acho.
- Quero ver Elysium.
- Isso, tá passando esse. É com o Wagner Moura e Matt Damon...?
- Sim.
- Ué, Wagner Moura tá fazendo filmes em inglês agora?
- Sim. Mas o filme não deve ser tão bom.
- Por que tu quer ver então? (Touché. Com preguiça de elaborar, respondi uma pequena verdade.)
- Porque tem Wagner Moura e Matt Damon.
- Mas se tem os dois, o filme deve ser bom.

Nesse momento, eu tive que rir. Como alguém pode julgar um filme baseado em quais atores o fizeram? Como pode ser tão ingênua? Minha irmã entende (em parte) o que quis dizer com a risada e faz outra pergunta pertinente.

- Vai me dizer que o Matt Damon não é bom ator então? (Tentei lembrar de todos os filmes que já vi com ele mas não consegui parar de pensar em Good Will Hunting.)
- Ele é. (E então finalmente explico.) Mas só porque um filme tem atores bons, não quer dizer que o filme vá ver bom.

Friday, September 27, 2013

diretamente de um filme de woody allen.

A minha vida aqui tem uma rotina agradável. Quando faço algo diferente do que faço todos os dias, é tudo comedido e previsível. Surpresas e mudança de hábito não fazem parte da minha vida aqui. Não estou reclamando. Isto é a famosa zona de conforto. Estou satisfeito em não mudar isso agora, por enquanto, aqui. Ir à exposições de artistas não faz parte disso. Obviamente eu já fiz isso, várias vezes. Acho inclusive uma forma interessante de socializar. Mas hoje eu fiz isso e foi diferente.

Minha experiência com vernissages era limitada a artistas novatos e jovens. Nunca foi nada muito formal e "elitizado." Então que um parente meu do Rio de Janeiro veio pra cá mostrar uma exibição. Isso nunca acontece e então "tive" que ir. Era uma noite fria (mas não tanto) e escolhi vestir uma jaqueta de couro. "Nada muito formal." Cheguei lá e, logo que entrei, percebi duas coisas:

1) Eu não estava bem vestido o suficiente pra isso. Não vou me comparar com as outras pessoas presentes, mas eu me senti dentro de um filme do Woody Allen, em alguma cena de vernissage cheia de gente chata e pretensiosa. Felizmente (e também curiosamente) não lembro da conversa de nenhum estranho, então não pude confirmar isso.

2) Estava muito calor lá dentro. De modo que, de ficar parado e meramente olhando alguns quadros, eu comecei a suar e quase passei mal (admito que o calor não foi o único fator pra isso).


O lugar era pequeno e tinha muita gente. Mas, claro, obviamente, como funciona em qualquer evento social, eu encontrei um conhecido. Ex-colega de faculdade. Claro. Ele estava trabalhando, tirando fotos. Conversamos. Ele perguntou (claro) se tenho "trabalhado na área." Esta imagem me veio a cabeça. Respondi sendo evasivo, como sempre, e então o próprio artista e "dono" da exibição veio falar conosco. Eu sou parente dele, afinal. Depois de alguns segundos, ele foi embora e fiquei a sós com meu conhecido de novo. Ele estava usando terno. Eu tive que assumir. Não poderia ser só eu. "Puta que pariu, que calor tá aqui dentro", eu disse. Ele respondeu na hora. "Um inferno." Ri e me retirei.

Fui pra frente do local, na rua, no frio agradável. Eu não conseguia parar de pensar sobre esteriótipos da classe média-alta / alta. Essas pessoas tem espelho em casa? Obviamente não estou "reclamando" das roupas dos outros (quem sou eu pra fazer isso, vestindo o que estava vestindo?). Mas... Elas parecem exatamente com o que deveriam parecer. Elas não sabem o quão clichê e uptight elas parecem? 

Depois de ficar ali com o segurança por um tempo e expressar, sim, pra ele também, o meu disconforto com o calor lá de dentro (e nada mais, porque não tinha mais assunto e eu não queria mais conversa), fui embora.


PS. Esse texto foi um exercício pessoal. Eu nunca postaria algo assim aqui (por quê?). Eu normalmente conversaria sobre isso com alguém (uma, no máximo duas pessoas). Enfim, sharing is caring.

Monday, September 23, 2013

life of pi.

"I suppose, in the end, the whole of life becomes an act of letting go."

Tuesday, September 10, 2013

prova.

Q: (...), what did Darwin believe would happen to human emotions that were not expressed?

A: They would become less intense.

Sunday, September 01, 2013

top.

Um top com literalmente as melhores partes de todos os meus dias:

1) Deitar na cama e ficar confortável com o travesseiro, na hora de dormir.
2) Banho quente de chuveiro.
3) Resto.

Tuesday, August 13, 2013

reclamações.

Pra quem acha que eu não posto tanto aqui quanto antes, vocês realmente deveriam ler o meu Twitter. Todos os dias. Eu estou o tempo inteiro lá. Se você quer me conhecer melhor, leia o meu Twitter. Se você quer ver um link engraçado que eu postaria, leia o meu Twitter. Se você quer a minha opinião sobre o episódio novo daquele seriado, estou lá. Se você quer saber quais notícias me interessam, também.

Eu realmente só separo tempo pra escrever aqui para posts como este, porque, bem, já passei muito mais do que 140 caracteres. Mentira, eu não separo tempo pra escrever aqui porque eu não tenho o que escrever aqui porque o Twitter matou o ato de bloggar. É sabido. Todo mundo sabe disso.


O que quero escrever agora não é sobre isso. Normalmente eu falaria sobre isso com alguma pessoa (talvez tu ou aquela outra). Grafei o isso porque isso na verdade não é nenhum assunto em particular. Caralho, estou enrolando, vou começar.



Reclamar é algo muito pessoal pra mim. Claro, não digo reclamar sobre tudo, como o clima ou a conexão da internet. Muito menos reclamar sobre pessoa X ou Y, porque isso é praticamente fofoca e não perco meu tempo com isso. Refiro-me a reclamar sobre específicos. Detalhes. Agora mesmo eu queria reclamar sobre pessoas que fazem tal coisa, mas aí percebi que as pessoas para quem eu reclamaria normalmente também fazem tal coisa. Então tive que vir pra cá.




O slogan da Nike é realmente o melhor slogan de todos, né. Just do it.

Sunday, May 12, 2013

RIP music.

2009 foi o um dos meus maiores e possivelmente o meu último ano musical.

Por ano musical eu digo um ano onde "música" era um dos meus hobbies principal. Quero dizer, escutar vários discos completos por dia e constantemente baixar novas bandas para conhecer e me apaixonar por música nova. Não lembro o que aconteceu em 2010 mas em 2011 eu fui pro Canadá e música parou de ser um hobby. Comecei a dar mais importância para vidyas, animu e seriados (esses três não estão em ordem, mas cinema está em quarto lugar, infelizmente).

Não vou divagar mais sobre isso mas hoje dei a sorte de encontrar um show da Björk passando na TV e ela cantou Hyperballad. Uma das músicas que eu era viciado antigamente e que, quatro anos depois, a música ainda faz muito sentido.


we live on a mountain
right at the top
there's a beautiful view
from the top of the mountain
every morning i walk towards the edge
and throw little things off
like:
car-parts, bottles and cutlery
or whatever i find lying around

it's become a habit 
a way
to start the day

i go through this 
before you wake up
so i can feel happier
to be safe up here with you

it's real early morning
no-one is awake
i'm back at my cliff
still throwing things off
i listen to the sounds they make
on their way down
i follow with my eyes 'til they crash
imagine what my body would sound like
slamming against those rocks

and when it lands
will my eyes
be closed or open?