Tuesday, March 18, 2008

então que, por algum milagre, ou não, estou tendo uma cadeira nesse semestre na faculdade que me é realmente interessante. sabe quando eu ia falar contigo, logo após ver um filme no cinema, "esse filme ruim me deu uma idéia de post de blog, vou escrever e já falo contigo"? normalmente era pq eu pegava uma cena qualquer do filme e pensava bastante sobre ela. ou seja... o filme só me serviu pra isso. e se não fosse meu blog, não teria servido pra nada.

nessa aula, contudo, essas idéias surgem com frequência. essas "preciso escrever sobre isso no blog". hoje aconteceu duas vezes. tudo bem que são interligados, mas enfim, tive que anotar no caderno os assuntos para falar sobre eles aqui depois. tempo recorde de um para o outro. sem mais delongas, let's get down to business.


no final da aula de hoje, tivemos que escrever um texto. estavamos falando sobre comunicação virtual, intrawebz, vantagens internet > IRL, essas coisas. outros exemplos, aquelas imagens 360°, basicamente, acessar o mundo real pela internet. e a pergunta do texto era: isso tudo complementa ou substituio contato face-a-face? a professora disse que a resposta deveria ser pessoal, baseada em personal experiences. eis minha reposta (o que estiver em parênteses são comentários meus, de agora):

se formos levar em conta a minha experiência, a comunicação virtual de fato substitui o contato face-a-face. conheci muitas pessoas pela internet que prezo mais do que muitos amigos "na vida real" (vontade extrema de usar IRL). alguns, inclusive, mesmo com anos de amizade, ainda não conheci pessoalmente. como isso pode ser explicado? sentir-se mais à vontade digitando para alguém que você não está vendo, do que para alguém que pode te olhar e tocar. alguns detalhes são óbvios; não é preciso estar bem-vestido ou de banho tomado para conversar pelo computador. não é o seu corpo físico que quer se comunicar, e sim suas idéias, pensamentos e sentimentos. por outro lado, creio que nem preciso dizer as vantagens de uma conversa face-a-face em relação a uma online; contato físico, voz, nuances, sutilezas.


peguemos um caso. conheci algumas pessoas pela internet, que não são daqui, mas que digamos conheçam e/ou gostam de algumas coisas em comum comigo. até aí, a internet substituiu o face-a-face - é mais fácil saber o tipo de pessoa que queres ou irás conhecer, online, saber gostos e esse tipo de coisa. mês que vem, eu irei conhecê-las pessoalmente. então, no caso, a 'realidade', complementará a nossa relação. depois do encontro, voltaremos a conversar pelo computador; a complementação da realidade. para então seguirmos o rotineiro bate-papo, até outro encontro, meses depois, ou não.

considero esse tipo de pergunta (complementa ou substitui?) impossível de ser respondida diretamente. é o mesmo que perguntar se os scraps do orkut são multilineares ou não-lineares. não dá pra escolher um, então falo os fatos. e, na minha concepção, enrolo.

Monday, March 17, 2008

quer ser meu amigo?

Certamente você, leitor, alguma vez na vida já se sentiu excluído. Mas não me refiro aquele tipo, como "Porra, olha pra essas pessoas, não tenho nada a ver com elas" e sim a quando você de fato gosta das pessoas, mas infelizmente você não é, aparentemente, muito bem-vindo.

Conheço gente assim, que é excluída de grupos que faço parte, mas me sinto assim também, às vezes, com outros grupos. Isso prova que, para uns sou uma coisa, para outros sou outra. Ou seja, eu não sou diferente da pessoa que recuso; patética, dispensável, forçada, implorando por atenção e simplória. Para alguns.

Que porra de busca ridícula é essa para ser aceito por outros? Isso é tão... nojento e antiquado. A necessidade do ser humano de viver em sociedade atrasa e muito o mesmo. Outra prova de que seres humanos são patéticos.


Sentir-me assim não me agrada nem um pouco.

Saturday, March 08, 2008

bom, à primeira instância...

um assunto que eu acho interessante são as chamadas primeiras aparências. sabe aquilo de 'a primeira impressão é a que fica?' ok, é uma bobagem completa, mas não é totalmente sem sentido.

eu tenho uma espécie de paranóia com isso. não sempre, claro. heh, vejam só, por exemplo, pessoalmente eu não me importo muito. posso conhecer a mulher da minha vida amanhã na rua e certamente nesse momento eu não estarei nas minhas melhores aparências, digamos. contudo, quando se vai encontrar alguém da internet pela primeira vez, umas pequenas vaidades não machucam. mas, via de regra, à primeira instância, eu não me importo com isso. no fim do post falo mais sobre isso.

agora é que vem a parte interessante. pra mim, desde sempre, a internet é um lugar muito mais interessante para conhecer gente legal do que na vida real. até mesmo, de fato, já tive e ainda tenho relacionamentos virtuais muito mais interessantes, sinceros e bons do que muitos outros IRL. consequentemente, podemos dizer que eu 'me cuido' mais em como eu aparento ser virtualmente, do que na rua, na faculdade, nos círculos de amigos. ao mesmo tempo que acho isso interessante (modificar relativamente - ok, no caso que me fez criar o post não foi modificar, e sim apenas checar pra ver se tava tudo certo - suas coisas para mudar o adjetivo do 'ele parece ser adjetivo'), também acho isso patético.


é óbvio que é patético. vaidade é desprezível. não só isso, como mudar o jeito que você é ou aparenta para tentar agradar novas pessoas é algo ridículo e digno de pena. isso tudo faz parte daquele grande - como posso nominar? vai assunto mesmo, depois falo sobre isso - assunto da humanidade: tentar ser aceito. todo mundo, em alguma parte da sua vida, já fez algo idiota e não-normal para tentar ser aceito por alguém que admirava. eu já fiz. acho que mais de uma vez. não sei se ainda faço, é algo meio inconsciente, aquilo de 'tal pessoa está presente, gosto dela e quero conhecê-la melhor, não posso ser eu mesmo... ainda.' é algo triste. mas não seria assim que qualquer pessoa faz amizade com qualquer pessoa? à primeira instância, não. x conhece y, ambos acham fascinantes um ao outro e viram amigos, namorados, um casal. pelo menos é assim que dizem que funciona. nem preciso dizer que, atualmente, não é bem assim, certo?

sim, existem exceções.

Tuesday, March 04, 2008

nunca entendi tão bem como se sentem os maniáco-depressivos - e outros - que só conseguem viver "normalmente" com o uso de remédios.