Thursday, November 30, 2006

então que eu descobri uma coisa legal.


a culpa é que a gente fica sabendo. por exemplo, um conhecido vai viajar pra patagônia e fica lá 6 meses. nesses 6 meses eu não se vêem, e não sei que ele tinha ido viajar. 6 meses depois ele volta, me encontra por acaso e diz que esteve viajando e a pessoa fica com uma cara de "sério?". bom. se no dia da viagem de ida dele, ele tivesse me falado que ia ficar fora por 6 meses, a pessoa estaria "aii meu deus vou morrer de saudadeeeesss". dois dias depois "aii volta logo que saudadeee".


entenderam?
a mesma coisa funciona quando a pessoa morre. se a pessoa morre, e você fica sabendo logo, você fica desesperado "oh e agora nunca mais poderei vê-lo". se a pessoa morre, e você não fica sabendo, você continua vivendo achando que a pessoa estivesse viva, normalmente. então eventualmente, 4 anos depois, a gente fica sabendo "fulano morreu". e aí tu fica "O_O sério?". na real, eu prefiro muito mais não ficar sabendo do que saber na hora. ia ser muito mais divertido e menos doloroso. tu não iria sofrer atrasado, iria? i know i wouldn't. ia ser algo "po, fulano morreu há 5 anos e só fiquei sabendo agora... nunca mais poderei vê-lo... bom, já faz 5 anos, let's move on".


portanto, antes de morrer, fala pra mamãe ou pra netinha que eu não quero saber que tu vai morrer, ok?
"Peguei um taxi e fui para o apartamento de Liliana.
Ela abriu a porta. Vestia uma camisola de seda, curtinha. Não tinha uma curva a mais no seu corpo.
'Acabei de acordar', disse.
Como é que Liliana conseguia acordar tão fresca, tão desejável? Senti uma vontade de chupar seus peitos sanguíneos.
'Eu gosto tanto de você', Liliana falou, como se tivesse lido meus pensamentos. 'Seria tão bom se a gente não brigasse nunca mais.'
Agarrei-a pelo cabelo, delicadamente, e levei-a para o quarto.
'Se você quiser, pode me bater', disse Liliana."


R. Fonseca.