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Friday, May 02, 2014

comédia.

“Case com alguém que te faça rir.” É comum ver esse tipo de frase e conselho, mas quem leva isso realmente a sério? Eu sim.

Assim como filmes e música, a comédia pra mim sempre foi um pedaço muito importante da personalidade de alguém. Quando tu acha alguém que compartilha afinidade contigo nessas coisas, é aí que você sabe que conheceu alguém interessante e que vá te agradar por mais tempo do que apenas uma “pessoa agradável.” É excitante mentalmente quando você está vendo um filme de comédia e a tua companhia ri na mesma hora que tu ou das mesmas piadas. Não falo de piadas óbvias. Falo de detalhes, frases bem colocadas, por exemplo.

Estranho, sinto que queria dizer mais a respeito, mas acho que resumi bem.

É por isso que eu sempre vou buscar comédias novas e desconhecidas; pra explorar o meu senso de humor. A comédia é uma arte. Apreciem.

Monday, February 24, 2014

um breve sumário sobre gerações passadas.

Esse vídeo tem certa ligação com esse assunto.


Eu tive dois avós que nunca conheci. O pai da minha mãe, morreu antes d'eu nascer, e a mãe do meu pai, morreu quando eu era bebê então não lembro dela. O pai do meu pai morreu quando eu era criança. Ele faleceu quando eu tinha uns 10, 13 anos. Ou menos. Não tenho muitas lembranças dele, exceto lembrar mais ou menos onde ele morava e o fato dele sempre dar cinco reais para os netos quando visitavamos. Mas esse post é sobre a mãe da minha mãe, que fez parte da minha vida por 28 anos.

Eu, como a maioria dos jovens, sempre tive aquela arrogância da juventude. "O mundo é dos jovens, agora é a minha hora." Pessoas mais velhas (70 pra cima) são normalmente consideradas um atraso pois de fato ficam mais lentos com o tempo, assim como todo mundo. E para pesoas jovens isso é sempre um incômodo. Comigo não era diferente e sempre evitei a presença delas. Mesmo que fossem família. 

Apesar disso, eu visitava a minha vó com frequencia, por causa de tradições familiares. Eu não me importava, mas raramente eu participava de conversas longas com a vó. A diferença de idade faz de neto e avô pessoas muito diferentes e, a não ser se você goste ou seja bastante interessado no passado em geral, acho difícil a parte mais jovem se interessar na outra. O avô geralmente quer saber sobre o neto por natureza; porque foi uma criação dele, em parte. 

A vó não tinha câncer ou outra doença fatal, mas com a idade passando, sua saúde sempre piorava. Cada vez mais fraca, mal conseguia andar sem ajuda, não escutava direito, esquecia de tudo; isso é comum. Quando chega a esse ponto, é natural que pessoas mais saudáveis evitem o contato com, perdoem-me a palavra, o moribundo. Praticamente os únicos que permanecem do lado para oferecer ajuda e companhia são a família e quem é pago pra ajudar.

Um dia, uma emergência fez com que levássemos a vó no hospital, cedo da manhã. Ela estava inconsciente, mas viva. Ela passou uns dias assim lá. Acredito que grande parte da família foi visitá-la nesse período mas eu não fui e agora percebo que isso foi uma tolice imensa de minha parte. Seria só pra vê-la, afinal. E ela poderia voltar ao normal, quem sabe? 

Não foi o caso. Menos de uma semana depois, ela faleceu. Fomos ao hospital e tivemos que lidar com terríveis detalhes sobre velório, herança e outros. Nesse momento também podíamos visitá-la. Dava pra vê-la de longe mas eu, novamente, não quis ir. Acho que inconscientemente eu sabia (e agora percebo isso com clareza) que o momento era outro. Não era simplesmente "ver como ela estava." Era o final e ela tinha ido embora. 

No velório e nos dias seguintes, eu não chorei. Eu já estava acostumado com a ideia. Eventualmente ela iria morrer - todos vamos. E isso me leva ao vídeo. É muito, muito mais fácil pegar o celular pra ver as notícias ou conversar sobre o jogo de ontem do que lidar com os próprios sentimentos. Do que lidar com a morte. Eu me treinei a fazer isso. 

Ninguém quer chorar. Você pode gostar da ideia de chorar; de que se alguém chora por algo, significa que ele se importa. Mas quando você chora mesmo (como eu, durante vários desses parágrafos), você se sente exposto. E aqui no meu quarto sozinho ninguém me viu chorando, então é como se não tivesse acontecido. Mas esse texto é um relato do oposto. 



Aproveitem suas famílias. Você tem sorte de ter tanta gente mais velha que se importa com você. Com o tempo, as pessoas vão se indo e, mesmo que seja em uma grande reunião familiar, sem aquela pessoa, não é a mesma coisa. Não é. E o restante só pode continuar. Continuar com as tradições, continuar com a vida. Juntos. 

Tchau, vó. Queria ter me comportado de outra maneira. Obrigado por tudo. Não vamos te esquecer.

Thursday, February 13, 2014

equivalente.

Estava eu hoje na internet quando me deparei com a seguinte discussão. "Qual é o equivalente para fãs de TV e filmes de jogar video games portáteis em público?"

Algumas pessoas responderam "ir ao cinema sozinho." Mas a próxima resposta me marcou. "Ver episódios antigos de Arquivo X sozinho na biblioteca." Visualizei isso e achei muito triste, por motivos que não sei explicar.

E então eu me lembrei do seguinte. Na primeira vez que vim ao Canadá, depois do meu período de estudo, por várias segundas-feiras, eu ia na minha antiga escola só por causa da internet boa pra baixar episódios novos de Mad Men e Game of Thrones. Depois disso, eu almoçava em algum lugar e ia na biblioteca de universidade próxima ver os episódios. Makes you wonder...


(Só pra esclarecer, não vejo nada de errado em jogar PSP ou 3DS em público, apesar de não fazer isso. E não vejo absolutamente nada de errado em ir ao cinema sozinho, visto que eu faço isso toda semana.)

(Devo fazer um post sobre minha segunda vinda ao Canadá em breve... Eu ia fazer uns dias atrás - diferente dos "um pouco sobre minha situação atual" - mas acabei não botando a ideia em prática. Talvez semana que vem.)

Wednesday, December 25, 2013

gatos (parte um)

Conheço três pessoas; um, dois e três. Dois e três são irmãos. Um é com quem me dou mais bem. Um se mudou pra outra cidade. Os três moravam junto e adotaram uma gatinha. O nome dela é Marceline. Eu gostava de visitar um, ver seriados lá (não sou tão íntimo dos outros dois) e brincar com a gata. Mas um se mudou. Segue uma conversa que tive com um uns dias atrás.

Um: Para de visitar dois e três; tu é meu amigo e conheceu eles graças à mim.
Eu: Vou te contar um segredo então. Eu só visito eles por causa da gata.
Um: Como se fosse diferente quando eu morava lá...

Sunday, May 12, 2013

RIP music.

2009 foi o um dos meus maiores e possivelmente o meu último ano musical.

Por ano musical eu digo um ano onde "música" era um dos meus hobbies principal. Quero dizer, escutar vários discos completos por dia e constantemente baixar novas bandas para conhecer e me apaixonar por música nova. Não lembro o que aconteceu em 2010 mas em 2011 eu fui pro Canadá e música parou de ser um hobby. Comecei a dar mais importância para vidyas, animu e seriados (esses três não estão em ordem, mas cinema está em quarto lugar, infelizmente).

Não vou divagar mais sobre isso mas hoje dei a sorte de encontrar um show da Björk passando na TV e ela cantou Hyperballad. Uma das músicas que eu era viciado antigamente e que, quatro anos depois, a música ainda faz muito sentido.


we live on a mountain
right at the top
there's a beautiful view
from the top of the mountain
every morning i walk towards the edge
and throw little things off
like:
car-parts, bottles and cutlery
or whatever i find lying around

it's become a habit 
a way
to start the day

i go through this 
before you wake up
so i can feel happier
to be safe up here with you

it's real early morning
no-one is awake
i'm back at my cliff
still throwing things off
i listen to the sounds they make
on their way down
i follow with my eyes 'til they crash
imagine what my body would sound like
slamming against those rocks

and when it lands
will my eyes
be closed or open?



Monday, December 31, 2012

retrospectiva 2012.

Agora sim. Essa lista foi feita ontem e vou entrar em detalhes (em alguns casos) quando me convém. Também comentarei o ano brevemente numa segunda parte.

- Corinthians campeão mundial

Não importa o motivo, isso aconteceu e isso é uma merda. O ano também é feito de lembranças ruins.

- Europa azul: Chelsea campeão da Champions League

Pelo menos isso aconteceu e com jogos espetaculares.

- Breaking Bad segue sendo o melhor seriado atual

Sem comentários. Apenas um fato.

- Menção honrosa a Sherlock

Como bem disse um amigo meu, um episódio de Sherlock é melhor do que muito filme. TV done right.

- Ron Fucking Swanson

Simplesmente o cara.

- New Eleven

Liga de Fantasy Football criada esse ano por um pessoal daqui. Fui pra final mas perdi. Vício.

- Texas, Baby

- Back from Canada

Voltei do Canadá e foi a maior burrice que eu já fiz.

- Adeus, Brasil: uma decisão de vida

Simplesmente não dá.

- Cabaço empresarial

- Outro super-ano de super-heróis (Avengers e TDKR)

Auto-explicativo.

- 15 anos depois, Fiasco III

Diablo 3 não foi grandes merda.

- Comp gaming FTL.

Perdi que não consigo jogar jogos competitivos. Estresse define.

- A trova de um ano: a louca do alemão

- A primeira a casar

- OMFG! bombando

Canal de mIRC que tenho com uns amigos de todo Brasil. Broderagem acima de tudo.

- OPPA GANGNAM STYLE

- Alcoolismo

- Jogos de tabuleiro

- A Song of Ice and Fire (livros)

retrospectiva 2010.

2010? Oi? Sim, achei a lista que, como de costume, faço com meu primo e vou postá-la agora. Não vou entrar em detalhes porque não tenho vontade.

- Adeus, college life
- Dois cursos, menos vida
- Reuniões domingo
- Avatar 3D
- Metallive
- Seriados UK > US
- One Piece segue sendo o melhor anime de todos os tempos
- Volta aos consoles
- O desvio perfeito (bolsista)
- US sports
- MGS4 melhor jogo de todos os tempos
- Quase Lula
- Scott Pilgrim
- Breaking Bad segue sendo o melhor seriado atual
- Abu não dá bi
- Vuvuzela > copa
- Um motivo para ler jornal na biblioteca
- Eu tenho uma stalker! (Oi!)
- O Deus do anime morre (Satoshi Kon)
- Steam é amor

Saturday, December 08, 2012

momentos que não dão pra expressar.

Grandeza é a palavra certa.

Por adorar fotografia e cinema (vídeo), eu sempre procuro capturar um momento quando ele me marca. Mas depois de algumas tentativas, a conclusão é a mesma. Mesmo que a foto ou o vídeo fiquem excelentes, nunca vai ser o mesmo do que estar lá. Isso, claro, já aconteceu várias vezes na minha vida. Não vou tentar lembrar de muitas, mas três me recordo bem.  

Em ordem cronológica: (ninguém vai gostar dessa) quando fui no Rogers Centre, em Toronto, pra ver Buffalo Bills e Washington Redskins. Eu estava fazendo algo que queria muito e fiquei impressionado. A segunda vez foi também no Canadá, quando fui no aeroporto no meio da madrugada buscar meus pais. O nascer do sol graças a parede gigante de vidro foi fantástico. 

E a terceira vez foi o pôr-do-sol de ontem. Eu percebi quando tava tomando banho, acho. Vi um facho de luz na parede a minha frente. Curioso, olhei pra janela pra ver de onde era. O prédio lá da frente refletindo raios solares. Aquela luz dourada. Saí do banho, fui pra sacada e vi esse céu rosa. Tirei a foto e decidi subir na cobertura do prédio, afinal, eu não ia lá desde que fui pro Canadá. Fiquei surpreso com a beleza do céu. Quando estamos sozinhos nesses momentos, é difícil não pensar que aquilo foi feito pra ti. Claro, na hora pensei que milhares de pessoas também estão vendo esse mesmo pôr-do-sol, em inúmeros países diferentes. Esse momento não é só meu. Mas ali de cima, desse prédio, com aquele ponto de vista, sim, é só meu.

Monday, June 25, 2012

a expectativa dos outros.

Quanto das suas ações são feitas porque é esperado de você?
Quanto de você mesmo foi decidido porque é isso que se espera de alguém como você?


Confuso? Vou explanar.

A primeira pergunta é simples. Grande parte das decisões do homem moderno já foram estabelecidas. Ele vai fazer tudo que já foi feito (isso é outro assunto, Eterno Retorno, etc.). Exemplos: Se você é estudante, é esperado que você vá à aula. E estude e se forme. Ou, se as pessoas te conhecem como preguiçoso e vagabundo, é esperado que você falhe e demore pra se formar. Nada disso é surpresa. Ir na padaria comprar pão é comum, a padaria foi criada pra isso. Trabalhar é normal, ter uma família é normal. Em geral, a vida (e decisões) dos homens são todas iguais.

Mais a fundo, temos a segunda pergunta. Novamente, suposições: Se eu sou gremista, é normal comprar camisetas do time. É normal pagar ingresso e ir aos jogos. É normal detestar o Inter? É normal morar do lado do Beira-Rio? Se eu gosto de anime, é normal já ter visto Pokémon? Se eu sou brasileiro, é normal jogar bem futebol? Se eu sou o filho mais velho, é normal ser o mais mimado? Se eu sou o que chamam de nerd, é normal ler HQs e ter todos aqueles hobbies? Aí é que está o meu ponto. E se eu não tenho todos aqueles hobbies? Vou começar a tê-los porque é isso que esperam de mim? Se sou X mas as pessoas me julgam Y, vou começar a agir como Y para justificá-las?


Isso prejudica como eu vejo todo mundo. Eu questiono tudo. Por que você está fazendo isso? A sua decisão de ser Y ou X ou 13 não é assunto meu, eu sei disso, mas eu quero entender. O problema é que ninguém mais quer. Não só isso, como entender na verdade é impossível. Se eu não sei como se originam as minhas ações, como posso entender o que motiva os outros? Se não tem como estabelecer o que exatamente fez as pessoas do jeito que são, como é possível esperar compreensão entre elas?

(A minha visão cínica diz que é tudo falso. Só existe a conveniência. Você tem amigos e gosta deles porque não quer ficar sozinho. Isso é outro assunto.)

Saturday, June 16, 2012

social, só que não.

Aconteceu hoje. Escrevi em inglês e não estou com vontade de traduzir.


"So I was buying some new furniture (computer desk) at a store close-by. I was sitting to check if there would be enough room for my legs under the desk because I'm tall. Suddenly, my dad walks by the front of the store, looks inside and sees me. After a couple of minutes of us talking to the clerk, we left.

Hours later, he's venting some shit (I don't mind) and he started talking about his mom (she died before I was born, over 25 years ago). He says she told him once that he always looked so serious and never smiled. He then mentioned I was doing the same today. Yes, he notices I have fun with my friends but that's about it. Why wouldn't I smile and 'be nice' more often?


I... just can't see why. Why would I be nice to strangers? I mean, smiling and being super friendly? Why? Especially clerks, they are just doing their job and I just want to buy shit, why should we make it pleasant or fun?"


É.

Sunday, May 22, 2011

zetsubou no yume.

Tive um sonho sensacional hoje.

Eu tava num prédio, subindo no elevador. Era noite. Subi e entrei num apartamento, o meu, provavelmente. Eu sabia que lá fora tinha uma espécie de tornado/tempestade enorme e catastrófica. Não muito longe. Eu penso em aviões e que isso iria afetá-los - claramente, então, o sonho não se passava aqui. Resolvo olhar pra janela e, é, eu estava certo. A vista não é tão boa, não estou num andar muito alto e existem outros prédios bloqueando o horizonte. Mas eu vejo clear as day duas explosões no céu. A poucos km de mim, ou seja, algo que não se vê todos os dias. Mas o mais impressionante não são elas. Vejo também um avião, voando muito baixo, tremendo sem parar, por causa da turbulência. Esse sim, devia estar a poucos metros do meu prédio, mas voando na direção oposta. Eu penso "caralho, ele vai cair." E ele cai.

Então eu resolvo ir pra rua ver os destroços. Lá fora, tem bastante gente por causa do caos, mesmo sendo de noite. A população está com mixed feelings. Muita gente se desespera mas alguns ignoram a situação completamente. Várias malas com para-quedas caem pelas ruas. Umas são esquecidas, outras roubadas e destruídas. Na direção do acidente, já noto muitos policiais. Quando chego bem perto do local, o curioso é que vejo bastante gente com armas, rondando a zona, mas ninguém de uniforme. Pareciam mercenários que a polícia contratou pra fazer sei lá o quê.

Não lembro de mais nada.

Friday, February 04, 2011

o meu problema com descolados.

Antes de mais nada, precisamos de uma definição para o termo. Em inglês, cool kids. Os descolados. No UD, temos algumas explicações interessantes. Alguém cool demais para fazer o que quiser ou anything at all. Exemplo:

- Ah, não vou sair com vocês hoje.
- Por que não?
- Não to com vontade, foda-se.
- Puxa, como você é descolado, hein.

Outra característica bastante usada é ser arrogante. Quem se acha melhor que os outros e não se mistura. Mas pra mim, o conceito vai muito mais além do que isso (por isso, talvez, eu veja descolados everywhere). Se você está numa festa com outra pessoa e estão num canto making fun of other people, vocês são descolados. Se você faz uma piada num grupo de amigos e só um cara entende, vocês dois são descolados. Claro, todo mundo faz isso (eu inclusive, muitas vezes), não é algo condenável ou algo que você faça pra se sentir melhor do que os outros. Mas, sim, é algo que te deixa ~mais legal~ nos olhos dos outros (e talvez mais irritante).

(É por isso que "os nerds estão ganhando" atualmente. Fulaninho era o idiota do colégio, feio, não pegava ninguém e tudo mais. Estudou, trabalhou, subiu na vida. Conheceu a internet. Agora subestima os fodões da vida e faz piadinhas babacas com o que quer que seja. Isso é ser descolado. E, claro, o próprio conceito de ser um "fodão da vida" já é ser descolado, aliás, esse é o descolado original.)

Outra coisa que eu penso muito quando me lembro desse assunto é peer pressure. You know. Fazer algo só porque todo mundo tá fazendo. Uma das coisas mais rídiculas que existem. Novamente, a maioria de nós provalvemente já fez isso na adolescência. "Quero aprovação." Pitiful. Peer pressure brings me to dois pontos curiosos. Um deles acontece na nossa infância, quando nossos amigos e colegas vão fazer coisas legais e for some reason teus pais não deixam. Desde quando "mas, pai, até o fulano vai!" é argumento? E aí eles sempre falam, né, "e se o fulaninho se atirasse da ponte, tu ia junto?" e a gente fica "duuh." É a mesma coisa.

O ponto dois não tem relação com nada, é somente uma camiseta perfeita do TShirtHell, que um dia, se tudo certo, pretendo comprar. I mean, se tá todo mundo fazendo, o que pode dar errado?


Tudo isso porque eu tava brincando com uma bola de vôlei agora na sala e me lembrei de uma cena da infância. Colégio, educação física. Os alunos podiam escolher entre jogar vôlei ou futebol e, por algum motivo, eu escolhi vôlei. Devia ser a nossa primeira semana e ninguém tinha jogado o esporte numa quadra normal com rede alta and all that jazz. Então o professor nos ensinou o jogo no easy mode: dava pra segurar a bola. Pegue. Passe pra qualquer teammate e ele se vira. Ou seja, era super parado, mas estávamos aprendendo. Um dia então, ainda nesse estágio, o time adversário, feito também de colegas, era mostly composto pelos guris descolados da turma. E eles resolveram jogar vôlei de verdade. Sem segurar a bola. Quando ela voltava pro nosso lado, claro, tudo parava. Passes lentos. Mas, putz, era indiscritível a adrenalina que todo mundo sentia quando eles estavam jogando. "É isso! É isso que eu quero fazer e é assim que eu quero ser!", a maioria das pessoas deveriam pensar. Naquele momento, eles eram as crianças mais descoladas ever. E, na mente deles, eles só estavam se divertindo.


Makes you wonder.

Friday, January 28, 2011

contexto.


Contexto é tudo. Já postei isso no tumblr, e I'm pretty sure que vocês já devem ter lido sobre isso em algum lugar da internet, mas é sempre muito relevante. Leiam.

Washington, DC Metro Station on a cold January morning in 2007. The man with a violin played six Bach pieces for about 45 minutes. During that time approximately. 2 thousand people went through the station, most of them on their way to work.

4 minutes later:
The violinist received his first dollar: a woman threw the money in the hat and, without stopping, continued to walk.

6 minutes:
A young man leaned against the wall to listen to him, then looked at his watch and started to walk again.

10 minutes:
A 3-year old boy stopped but his mother tugged him along hurriedly. The kid stopped to look at the violinist again, but the mother pushed hard and the child continued to walk, turning his head all the time. This action was repeated by several other children. Every parent, without exception, forced their children to move on quickly.

45 minutes:
The musician played continuously. Only 6 people stopped and listened for a short while. About 20 gave money but continued to walk at their normal pace. The man collected a total of $32.

1 hour:
He finished playing and silence took over. No one noticed. No one applauded, nor was there any recognition.

No one knew this, but the violinist was Joshua Bell, one of the greatest musicians in the world. He played one of the most intricate pieces ever written, with a violin worth $3.5 million dollars. Two days before Joshua Bell sold out a theater in Boston where the seats averaged $100.

This is a true story. Joshua Bell playing incognito in the metro station was organized by the Washington Post as part of a social experiment about perception, taste and people’s priorities.

The questions raised:

  • In a common place environment at an inappropriate hour, do we perceive beauty?
  • Do we stop to appreciate it?
  • Do we recognize talent in an unexpected context?

One possible conclusion reached from this experiment could be this:

If we do not have a moment to stop and listen to one of the best musicians in the world, playing some of the finest music ever written, with one of the most beautiful instruments ever made…

How many other things are we missing?

Monday, January 10, 2011

retrospectiva 2010.

Tá na hora, tá na hora! Lista feita junto com meu primo, como as outras que estão nesse blog. Procura ali, se estiver curioso.

- Adeus, college life
- Dois cursos, menos vida
- Reuniões Domingo
- Avatar 3D
- Metallive
- Seriados UK > US
- One Piece segue o melhor anime de todos os tempos
- Volta aos consoles
- O desvio perfeito (bolsista)
- US sports
- MGS4 = melhor jogo ever
- Quase Lula
- Por que a Dilma não está na cozinha?
- Scott Pilgrim and the epic epicness
- Breaking Bad segue o melhor seriado americano atual
- Abu não dá bi
- Vuvuzela > Copa
- Um motivo para ler jornal na biblioteca
- Eu tenho uma stalker! (oi!)
- O Deus do anime morre
- Steam FTW

Wednesday, November 24, 2010

a minha boa ação de hoje foi...

Eu não acredito em boas ações, percebi isso hoje. Bom, de um tipo delas pelo menos. Explanarei.

Quero mencionar o tipo de boa ação onde a pessoa te pede um favor. O outro tipo seria onde tu supõe algo que ajudaria alguém e faz, sem consultá-la. Meu interesse lies elsewhere. O que constitui um favor? É quando tu beneficia alguém, normalmente a custo de algo teu (tempo, paciência, dinheiro). Ou seja, é totalmente altruísta. Enfim, vamos a situação. Alguém, um estranho, te pede um favor. Tu resolve fazer. Duas coisas podem acontecer, duas que talvez você não saiba qual de fato aconteceu. 1: A pessoa realmente precisava daquilo e fica sinceramente grata. 2: Você foi passado pra trás. Ela resolveu tentar enganar alguém e deu certo.

(Claro, como mencionei, como você provavelmente não ficará sabendo do resultado, quando o 2 acontece, é como uma white lie, uma mentira que não machucou ninguém.)

O que me motivou a escrever esse post? Hoje eu estava na faculdade, peguei uma fichinha e fiquei esperando o meu número ser chamado. Tava demorando, mas eu não tinha pressa, nem nada pra fazer. Tem um cara do meu lado e ele começa a falar no celular (ou eu comecei a prestar atenção na conversa a partir desse ponto). Ele menciona passagem de ônibus e horário. Após desligar, ele se vira para mim e pergunta qual é o meu número de espera e se pode trocar comigo (eu era 50, ele 53) porque blá blá blá (não importa a desculpa que ele usou). Imediatamente, eu pensei "meh... sure, why not?" e foi isso que fiz. Troquei e resolvi passear, pois ia demorar ainda mais ainda. Poucos minutos depois, entro na faculdade de novo e ele está saindo, não parecendo apressado, at all. It made me wonder.

Mas that's not the point. Meu ponto é que, ao fazer a "boa ação", eu não me senti bem. Se se sentir bem ajudando o outro deveria ser o padrão da "boa ação" e isso não acontece comigo, não faz sentido eu fazê-las. Continuarei fazendo, though. Eventualmente. Tudo depende do meu humor.

Thursday, July 22, 2010

um pouco sobre minha situação atual II.

Um ano se passou (praticamente) desde este post e está na hora da parte dois.


Curioso que, dias antes de eu de fato entrar de férias (fator decisivo para criação desse texto), eu estava com muita vontade de escrevê-lo. Não tinha nenhum assunto em mente, mas escrevê-lo significava closure, o fim de mais um semestre maldito na faculdade. E então eu fiquei de férias e... Sei lá, a vontade sumiu. Uma das causas desse desaparecimento foi, claro, a compra do meu mais novo video game: PS3. Faz dez anos que eu não comprava um, haha. E, cacete, já percebi como fez falta na minha vida. "Prometi" pra mim mesmo que ia fazer um milhão de coisas nas férias, mas o video game não fazia parte disso. Já vejo que, novamente, não vou fazer porra nenhuma da minha to-do list de férias. Não me importo.

OK, OK, sobre a minha situação atual. Ou não, podemos deixar isso pra depois. Quero um post tão grande quanto o primeiro então vou "enrolar." Quero falar sobre algo sério aqui, algo constantemente presente na sociedade atual e em quase todos relacionamentos existentes. Uma coisa chamada julgamento. Não me refiro à punição, nem a "fazer justiça." E sim ao simples fato de julgar. É triste dizer, mas todo mundo faz isso o tempo inteiro. Em uma análise breve, existem dois tipos: o pré-julgamento e o, sei lá, julgamento íntimo. O primeiro nem preciso explicar mas o segundo é quando ele vem de alguém que tu conheça, como um amigo. Em diversos momentos do meu dia, sinto-me de certas formas que não posso me expressar para, digamos, a maioria deles. Talvez você me entenda. É tão cansativo ter que se guardar. E não falo de "deal breakers", e sim de meros sentimentos que se expostos seriam, sei lá, alvos de alguma piadinha inofensiva, idiota e, claro, "inteligente e irônica." Pois eu digo fuck that shit. Façam um favor para vocês mesmo e julguem menos. Naquele momento que você faria a pessoa "cair no seu conceito", não façam fucking nada. Fiquem quietos. Aceitem. É tão óbvio que ninguém é perfeito, stop trying to achar alguém "digno da sua amizade." Claro, você escolhe quem quiser pra ser seu amigo, mas give them a chance. Quem sabe o que pode acontecer?

*phew*

Outro assunto que quero mencionar nesse post é essa recente mudança na minha vida. Semana passada, eu tava sempre no computador, redes sociais, you name it, "perdendo tempo", so to speak. Seriados eram um escapismo perfeito. Todos tais dias eu ficava ansioso para baixá-los e me sentia realizado quando os via. Então eu comprei o PS3. E mal toquei no computador ever since. Não, não passei todos malditos minutos jogando até agora, mas, cacete, a imersão que ele proporciona, como mencionei aqui, é outro nível. É engraçado que sempre dividi minha vida em duas: RL (real life) e a internet. Com o video game, eu não tenho contato com nenhuma! Fico no in between. Isso é.. interessante. Mas não, eu necessito de um equilíbrio. Detestaria passar todas as férias dentro de jogos. Preciso do resto. O problema é a razão quem exige esse balanço e, em certos aspectos, eu sempre fiz o que tava com vontade e foda-se. Enfim, obviamente não mencionar aqui o que eu decidi fazer nas férias, é pra isso que serve o meu twitter.


Na faculdade tudo deu relativamente certo. O importante eu consegui e isso era mandatory. Pelo que aparenta, o semestre que vem será de fato meu último na faculdade. E tenho mixed feelings about it. O que leva ao próximo assunto, algo que eu não falei pra ninguém: frequentei um psicólogo durante todo esse semestre passado. Foi.. legal, talvez. Mas não tanto, afinal parei. Sentia-me de certas formas lá que repunava e resolvi, por um lado, desistir. Um dos tópicos que conversamos bastante lá era esse de fim de faculdade. Adeus, vida de estudante. Olá, mundo real e profissional. Esse medo é clichê, eu sei, todo mundo sente. Mas não deixa de ser tenso. Also, surgiu a possibilidade de eu fazer um intercâmbio, ou whatever the fuck they are calling it these days, ano que vem. Isso me interessa muito. Mas mudanças são complicadas. Não importa pra onde, seria uma mudança completa e absurda. E a duração também é fundamental. Um ano parece way too fucking much e ao mesmo tempo ideal. Um ano tendo que decorar uma cidade nova, ruas diferentes. Anyway, acho que tá na hora de ir pra algum english speaking country, é algo que quero desde que, sei lá, faço curso de inglês. Mas, por outro lado, I am at my comfort zone. Isso me lembra de uma fala hilária de House ("I used to hate change... But I changed.").

Sinto que esse é o fim do post mas sinto que ele ficou... incompleto. Talvez eu quisesse escrever outras palavras ou ter outras notícias. Algo diferente.

Ainda tiro certa sanidade de encontros eventuais com amigos. Domingo passado mesmo, estava chovendo pra cacete e, na hora do almoço, todos os membros da minha família, como a maioria das pessoas, concordaram que era um "dia perfeito pra ficar em casa." Mas, raios, pensei, hoje, eu não quero ficar em casa. Chuva nunca foi motivo pra sair and do shit. Foi o que fiz, claro. Por sorte tenho um pequeno leque de amigos (bros é um termo melhor, haha) que me ajuda, mesmo sem saber, nesses momentos.


Acabo o post com o link do meu tumblr "secreto." Eu não posto mais lá. Talvez volte a postar. Sei que vocês não vão (ei, nem eu faço isso numa só sentada), mas olhem todos os posts. Tem frases muito mais fodas do que qualquer uma que eu inventaria aqui. Não sei quando vem a parte três. Ano que vem, ou dezembro.

Sunday, June 27, 2010

escapismo, imersão e gaming.

Já faz um bom tempo que certa parte da minha vida só se trata sobre escapismo. Por diversos motivos que não tenho vontade de discutir aqui, fugir, pelo menor tempo que seja, sempre me agradou. E isso acontece sempre que você vê um filme, por exemplo.

Porém, apenas recentemente percebi a importância que o sentimento de imersão tem nisso. O jeito mais fácil de se sentir imerso dentro de um filme é no cinema, e todo mundo sabe disso. Nothing beats that. Mas com filmes ou seriados (vídeo), o processo é passivo. A gente só absorve. Com video game, a coisa muda completamente. Quem não é gamer, não sabe o que é "entrar em um filme" onde absolutamente tudo depende de ti.


Uns dias atrás, como de costume, eu fui jogar Call of Duty 4 online. Mas não era um dia qualquer, eu estava mais cansado e irritado do que o normal. Responsabilidades, dúvidas, decisões. Então eu sentei na frente do computador e me lembro muito bem de ter pensado o seguinte. "Foda-se tudo isso. Agora vou usar toda essa concentração para jogar. E vou jogar bem."

Maravilhoso esse o universo dos games que você de fato adentra e experiencia.

Saturday, May 15, 2010

imprevisível.

Percebi algo hoje.

Sabe quando a gente começa a conviver bastante com uma pessoa e certas coisas ou manias ou costumes dela passam a nos irritar? Não é isso que incomoda. Não é botar leite vazio na geladeira, nem botar garrafas na porta, nem não usar porta-copos. O problema é a previsibilidade. A pessoa faz e tu pensa "de novo." Vira algo tão cliché dela. Você passa a, como dizem, lê-la como um livro.

O fato de não ter mudança é o que irrita.

Saturday, March 27, 2010

pedaço de vida.

Aí vai um post atípico. Pensei em twittar o seguinte em poucas palavras mas, bom, ninguém iria ler e eu tenho vontade de me expressar mais sobre o assunto.

Eu gosto de anime faz tempo. E todos os gêneros me atraem. Existe um inclusive que descobri não lembro quando e virou um dos meus favoritos. Ele se chama slice of life. Em histórias slice of life, o protagonista não tem que salvar o mundo com mechas. Ele não precisa desvendar mistérios nem se tornar o maior lutador de todos os tempos.


Eu gosto de slice of life pois ele é realista. A vida às vezes não é um monte de acontecimentos épicos que terão importância fundamental com o passar do tempo. A vida às vezes é apenas um monte de nada. Nada acontece. Aí você resolve se encontrar com os amigos. E aí o nada volta. E ele se torna cada vez mais presente. O anime slice of life é assim, ele te bota dentro daquele mundo, com aqueles personagens, para que você veja como é a vida deles. Uma vida normal. E lá, nada acontece também. Existem pessoas engraçadas, claro, a gente sempre ri, e se emociona às vezes. Mas é só isso. Não que isso seja ruim. Não é a coisa mais épica do mundo, claro. Mas não precisa ser; é perfeito assim.

Se quiser alguma recomendação de algum anime assim, ask me. Mas aí vão algumas masterpieces aleatórias (completamente diferentes umas das outras): Mushishi, Haibane Renmei, Aria, Natsume Yuujinchou, Lucky Star, Minami-ke, Genshiken..

Thursday, December 17, 2009

reach out.


Um dia. Quem sabe, um dia estarei em cima desse mesmo prédio, tendo essa mesma vista.

Essa imagem me faz pensar. Por mais longe que nossos objetivos estejam, eles ainda estão . É só alcançá-los. Pode demorar, most likely vai, mas oh boy, se vai valer a pena. Por outro lado, também me vem a cabeça o fato da nossa insignificância. "Formigas." Dizem que nada disso significa algo, não importa a vida que levamos, tudo lida ao mesmo. Pois importa. Se lhe afeta, importa. Mesmo que seja um por um momento. Afinal, eles são tudo que temos, não? E em um deles.. essa vista.


(Não cliquem na imagem acima, a original é esta, bem superior.)