Wednesday, November 28, 2007

pessoas morrem salvando pessoas que também morrerão.

Sunday, November 25, 2007

duas coisas aconteceram, a ligação entre elas me fez criar este post.

um colega minha relatou um dia uma situação: ela estava na parada de ônibus, creio, e uma idosa veio falar com ela. perguntou alguma informação, ou algo do tipo, não lembro agora. a minha colega respondeu, normalmente, e pôs-se novamente a observar se o ônibus vinha ou não. quando ela percebe, a senhora ainda está ali do lado, a olhando, sorrindo. então a velha começa a falar um monte de coisa. diz que mora no centro de pessoas com problemas psicológicos, ali perto, o que já deixou minha colega com um pouco de pena para com a velha coitada. e então a velha falou mais um monte de coisa e foi embora, sorrindo, feliz por ter alguém que lhe escutou. minha colega depois disse que "como é interessante fingir interesse genuíno em alguém que nunca se conheceu, mesmo por alguns minutos, coisas desse tipo realmente mudam o humor da pessoa", ou algo desse gênero. sabe, em parte, eu até concordo com isso. concordo que as pessoas sorririam mais se eu sorrisse mais. hora do segundo acontecimento.

hoje fui em um show de uma banda de amigo. 3 bandas tocavam na noite. a banda do meu amigo foi a primeira, aproveitei o máximo que pude e me cansei bastante. na segunda banda, eu fiquei sentado, relativamente aproveitando. em um intervalo em uma das primeiras músicas, o vocalista - a banda dele tem quase 10 anos e não é da cidade - disse que é muito importante apoiar as bandas e coisas do tipo. o pessoal já estava de fato meio cansado. é sempre assim. enfim, o jeito que o cara falou me deixou com um pouco de pena dele. então me lembrei da minha colega e da situação dela. eu poderia muito bem ir ali perto da banda, e fingir sinceramente estar aproveitando e gostando de tudo. gostar eu já estava gostando, mas vamos aos seguintes fatos:

eu simplesmente não consigo ser tão hipócrita. mas não é só isso, também há algo de egoísmo e hedonismo misturado. é assim: eu não consigo deixar de ser eu mesmo por um tempo (ou seja, fingir ser outra coisa) para meramente tentar fazer outra pessoa mais feliz.

Sunday, November 11, 2007

acredito que na maioria dos trabalhos de Makoto Shinkai, o foco das estórias são duas palavras principais que, juntas, não se dão muito bem: amor e distância.

quanto tempo é possível aguentar? quais serão as consequências, se as coisas continuarem como estão? quantos planos e vontades jogados por água abaixo? como é possível que esta 'distância' maldita seja tão cruel, ignorando imensos e maravilhosos sentimentos? o destino é, por fim, (tentar) esquecer? realmente nada pode ser feito? por quê? por que isso teve que acontecer?



5 Centimeters Per Second é um filme de 2007 composto por 3 ovas, que fala sobre o romance de Akari com Takaki. a primeira parte fala sobre a infância, como eles se conheceram, as promessas, os sonhos, como tudo começou e mostra como uma mensagem dizendo que o metrô vai atrasar pode doer tanto (ou pelo menos foi isso que pensei depois de ver ^^). a segunda, alguns anos depois, é sobre uma colega de Takaki, o mais triste e belo dos ovas. e por fim, o último, vários anos depois, mostrando como as coisas acabaram, terminando o filme com uma emocionante e lindíssima música. resultando tudo em um animê sensível, tenso, bonito e único.


obs.: quem já conhece trabalhos do Makoto Shinkai, como Hoshi no Koe, Beyond the Clouds, entre outros, sabe que um dos principais destaques nas obras são os gráficos e a animação. coisa que não mencionei em toda review. de fato, nas obras dele, os destaques são dois: história e animação. ambos são excelentes, mas eu sempre dou mais atenção à estória, curiosamente. e, bom, como uma imagem vale por mil palavras, não adianta ficar puxando o saco aqui da animação, então postarei umas, confiram vocês mesmos. ;)





minha review sobre 5cm/sec.
então que a faculdade de jornalismo não é só o lixo que eu esperava - "vamos praticar para quem sabe um dia trabalhar para a globo." tem aulas que são realmente legais com professores realmente legais. um deles é o de redação. na aula de redação, eu, digamos, aprendi que, em jornalismo, é impossível ser imparcial. isso pelo seguinte motivo: assim que eu escolho um fato público para torná-lo jornalístico e o descrevo com a maior imparcialdade que eu conseguir, eu estou escondendo outros fatos, e isso é ser parcial.

exemplo tosco: decido fazer uma matéria enorme sobre a derrota do time que mais odeio, mas oculto dizer que o meu time favorito perdeu de goleada.



eu nunca assito a rede globo. mas as vezes, quando se está em jantares em família, a maldita tv está ligada nesse maldito canal, então é difícil não olhar. jornal nacional, pra ser mais específico. long story short: atualmente, sempre sempre sempre que vejo um telejornal, pergunto-me: "que outros fatos eles não tiveram que esconder para noticiar este?"

Tuesday, November 06, 2007





desculpe-me, mas sou mais eclético que você.