Friday, February 27, 2009

o indispensável contato.

Sigh.

Quem me conhece, sabe que um assunto que... vem bastante à minha cabeça é o contato. E a relação dele com a internet. Todos os relacionamentos mudaram com o avanço da tecnologia, e todo mundo sabe isso, eu já comentei há uns posts atrás.

É algo que eu detesto admitir, mas nada supera o contato físico. Não pensem em putaria. Digo o mero encontrar pessoalmente com frequência. Trocar uma ou duas palavras.


Pensei sobre isso novamente pois mencionaram (explicaram, na verdade, eu nunca soube o que significava) o termo Síndrome de Estocolmo. Sabe quando você sequestra alguém mas não tem coragem para matar a pessoa? Sabe, acontece. Então, você acaba, bem, criando uma relação com o coitado. Já viu o filme Ata-me!, do Almodóvar? É a mesma coisa.

Se pessoas que se odeiam, por causa do contato, mesmo que involuntário, podem começar a gostar uma das outras, imagina então quando as pessoas já têm um certo interesse uma pela outra?


E você se pergunta, onde está a internet nisso tudo? Sinceramente, ela poderia nem existir. Assim teríamos vidas patéticas de qualquer forma, mas pelo menos não notaríamos o que estamos perdendo.

Saturday, February 21, 2009

Dizer que vai embora e ficar escondido esperando acabar.

Thursday, February 19, 2009

apenas um pequeno lembrete.

Escreverei algo aqui uma coisa que tenho vontade de falar pra muita gente.


Você não é quem você pensa que é. Você não é os seus gostos, os seus preconceitos, as suas idéias. Você não é a sua família, os seus melhores amigos, as pessoas que você vê todos os dias. Você não é a sua rotina. Você não é o seu dinheiro, o seu trabalho, a sua casa, os seus pertences inúteis. Você não é as decisões que fez ou deixou de fazer. Você não é o seu comportamento patético e pretensioso.


Você é tudo o que já fez, todas as pessoas que viu e todos os lugares que já foi. Tudo que você faz deixa um rastro. Pode ter sido menos de um minuto, mas a marca fica lá. Em algum lugar, em alguma pessoa. Você é o seu passado e você se constrói a cada segundo.



PS.: Não, não copicolei do roteiro do Clube da Luta.
PS2.: Já disse que adoro negrito? É tão HQ.

existe algo mágico sobre... - parte 2

Existe algo mágico sobre conversar com estranhos pela internet. Isso é algo que eu venho desenvolvendo recentemente, ao utilizar imageboards e o IRC mesmo.

Conversando com estranhos não existem as "amarras" sociais que normalmente se tem quando se conversa com conhecidos e amigos. Você não precisa se explicar e pode falar praticamente qualquer coisa. Não existe "mas se eu falar isso, ele pode pensar aquilo." Essa liberdade, claro, vem grande parte do fato de "nunca mais vou conversar com essa pessoa mesmo."

Sentindo isso, eu já me comportei de diversas formas com completos desconhecidos. Às vezes dando-lhes total atenção e razão, outras, bem, nem tanto. Também vale a pena mencionar, e essa é a parte mais legal, que muitas dessas pessoas também se sentem da mesma forma. Quando eles colaboram e são acessíveis. Eventualmente me sinto mais afim e conectado com alguma pessoa com quem troquei somente duas frases, do que com quem vejo todos os dias na faculdade, ou relativos.


É complicado encontrar a fonte dessa liberdade, porém, na minha opinião. Eu acho estranhíssimo o fato de eu sentir mais vontade de motivar ou elogiar um estranho do que algum conhecido ou amigo íntimo. Claro, na maioria das vezes, a vontade está lá, mas o fazer é tenso. Culpa da timidez e convenções sociais, presumo. Bom, acho que podemos concluir que, ainda bem que existe a internet, lol.

Tuesday, February 10, 2009

esqueci.

A vida é cheia de drama, coisas boas e ruins, e tudo que todo mundo já tá careca de saber. Existe uma coisa, porém, que deve ser mais tensa do que as dores comuns do homem. Falta de memória. Esquecimento. Não de algo pequeno, mas digamos, algum acidente de carro que resulte em perda da memória.

Digamos que você tenha uma namorada e ela leva uma porrada na cabeça, vai pro hospital e acorde sem lembrança alguma de você. O que quis dizer aqueles momentos juntos? Sim, foram legais e tudo mais, aconteceram, mas e agora?


Hm, percebo que isso vai de encontro direto com algo que eu provavelmente já tenha comentado aqui. Sobre como quando só tu sabe de alguma coisa, é como se ela não existisse. Se uma acontecimento envolve só eu e outra pessoa, e ela esquece disso, dá a sensação de que ele nunca aconteceu. Tu sabe que aconteceu, mas fica tenso. Enquanto tu não conta pra alguém, é como se não tivesse acontecido. "Se uma árvore cai no meio da floresta e não tem ninguém perto pra escutar, ela faz barulho?" Claro que não.



É por isso que as pessoas deveriam compartilhar mais. Qualquer coisa, se você contar para alguém, ela já fica sabendo que aconteceu. Claro, nem tudo é interessante, mas qualquer fato diferente já é válido. Pelo jeito, sharing is caring, after all.

Monday, February 09, 2009

a coisa mais bonita que eu já vi na vida.

Foi na minha viagem de ida para São Paulo, de Porto Alegre. O vôo era cedíssimo pois era o único horário com preço acessível que eu tinha achado, creio. Passei a noite no aeroporto da capital gaúcha. Lendo. Quase dormindo. Vendo outras pessoas como eu. Esperando. Olhando as lojas fechadas. Quando o vôo partiu, ainda era noite, pelo que me lembro. Então no céu, o sol começou a aparecer. Não sei muito bem dizer como era, mas as nuvens pareciam um chão, de algodão. E não era uma camada simples, era muito detalhado, com muitos sobes e desces. O céu e elas, tudo, com aquele tom azul meio rosa, e mais amarelo perto do sol.


E eu não levei a minha câmera na viagem. Não tirei fotos dessa cena. Que bom; teria sido um insulto à paisagem.

Wednesday, February 04, 2009

existe algo mágico sobre...

Existe algo mágico sobre relacionamentos à distância. Não sei porquê, mas isso sempre me fascinou. Acho que é pela dificuldade óbvia que eles apresentam perante relações normais, onde se vê quem se gosta com uma certa frequência semanal.

Gosto também pois a tecnologia é parte indispensável desses relacionamentos. Antigamente, antes do papel ser inventado, naturalmente essas relações não existiam. E, nossa, nem quero imaginar o quão complicado era usando só cartas. Hoje existem webcams e relacionados que auxiliam bastante. Mas acho que a minha ferramenta favorita é o "antiquado" celular. Mandar mensagens. Logo que a pessoa pega o aparelho, a sua mente já viaja para longe de tudo aquilo que a está cercando no momento. É sempre bom saber que, não importa a situação, eu posso mandar mensagem pra tal número, quando quiser.

O mesmo acontece com relacionamentos normais, porém. Quando se sente saudade. Uma mensagem de boa noite. Um pequeno acontecimento estranho do dia. Dividir. Não guardar para si.

Monday, February 02, 2009

nada sério.


Sabe quando acontece algo tão fodido e ruim que você não consegue parar de pensar naquilo? E aí quando você se consegue distrair com outras coisas, cheio de amigos, você vai embora eventualmente e chega em casa sozinho de noite. E então se lembra: aquilo aconteceu. E aí você perde tudo de novo.

Sunday, February 01, 2009

subestimando você e outros.

Antes de mais nada o texto a seguir tem relação com este. Just to let you know.


Quando você está começando a conhecer uma pessoa aparentemente legal, duas coisas acontecem. Ou vocês continuam nesse caminho, cada um, normalmente, gostando mais do outro ou você ou ela descobre algo sobre o outro (é comum ser assim) que faz com que o interesse caia, muitas vezes por completo. Não preciso dizer que muitas vezes isso já aconteceu comigo. Também vale a pena dizer que numa grande parte delas, elas não necessariamente fizeram algo pra me desapontar, mas e sim, bom, eu esperava muito delas e tinha preguiça/cansaço de investir. De acreditar na pessoa. De pensar "ela não é essa imagem que eu tenho dela na cabeça, ela deve ser mais." Então, infelizmente (para elas), eu desistia, praticamente, do relacionamento. Sei que não vale nada dizer isso e sei melhor ainda que elas não vão ler isso que estou escrevendo, mas vou dizer mesmo assim: não é nada pessoal. Eu não odeio vocês, pessoas que subestimei e com quem raramente converso (lembrando, quase nenhuma conhece esse blog). Simplesmente não quis investir no nosso relacionamento.


Bom, estou fazendo esse texto pelo menos motivo que fiz o "Quer ser meu amigo?". O oposto aconteceu, ou seja, it seems que eu fui subestimado por outros. Lamentável, claro, mas o que eu mais sinto? Que surpresa: decepção. I mean, eu não sei o que ouviram de mim, mas tenho certeza de que quase tudo é verdade - que coisas de destaque eu fiz, afinal? Let me know. Mas eu não consigo deixar de sentir o tal sentimento clichê de "você não sabe o que está perdendo." O engraçado é que quem fez isso dessa vez é parecido comigo. Parece que fizeram por simples capricho, "vou decidir ignorar" ou algo relativo. Mais ou menos do jeito que eu faço, acho.

Enfim. Eu poderia falar mais coisas, mas deixa.