Wednesday, December 07, 2005

"A verdade é que eu já não me importo nem um pouco com os meus sentimentos. Mesmo. Eles ficam passeando dentro da minha cabeça (ou qualquer outra metáfora sentimentalóide) e eu os ignoro completamente (não completamente, claro, minhas ações tem influência deles. Mas quem sofre minhas ações não sou eu, então se não gostou das minhas ações, vá a merda). Por mim, tanto faz o que aconteça sentimentalmente.

Posso estar apaixonado completamente pela minha vizinha, vê-la todos os dias, e ter certeza que nunca vai acontecer nada, que não me importa. O sentimento vai continuar ali, se eu quiser dar atenção a ele, que sofra, é sempre bom de vez em quando. Ou então eu posso vê-la todos os dias, sentir o que sinto e dar de ombros. Nunca vai acontecer nada mesmo, posso ficar amando ela do jeito que faço (é bom pra "preencher o vazio") ou mandá-la longe, tanto faz.

Posso ter um relacionamento perfeito com a pessoa perfeita e, um dia, sem mais nem menos, ela se cansar de mim e me jogar no lixo, que também não sou estar nem aí. Sofrer 23h por dia, um minuto de consciência igual a um minuto de pensamentos suicidas, que ainda assim, não vou dar muita bola pra isso, não. Me jogou fora, é? Re-ti-cên-cias.





E você que está lendo isso agora, aproveite então e faça o que quiser comigo, me tente, me xingue, me ignore, me violente. Estupre-me.



Eu ainda tenho meus charutos para fumar."