Grandeza é a palavra certa.
Por adorar fotografia e cinema (vídeo), eu sempre procuro capturar um momento quando ele me marca. Mas depois de algumas tentativas, a conclusão é a mesma. Mesmo que a foto ou o vídeo fiquem excelentes, nunca vai ser o mesmo do que estar lá. Isso, claro, já aconteceu várias vezes na minha vida. Não vou tentar lembrar de muitas, mas três me recordo bem.
Em ordem cronológica: (ninguém vai gostar dessa) quando fui no Rogers Centre, em Toronto, pra ver Buffalo Bills e Washington Redskins. Eu estava fazendo algo que queria muito e fiquei impressionado. A segunda vez foi também no Canadá, quando fui no aeroporto no meio da madrugada buscar meus pais. O nascer do sol graças a parede gigante de vidro foi fantástico.
E a terceira vez foi o pôr-do-sol de ontem. Eu percebi quando tava tomando banho, acho. Vi um facho de luz na parede a minha frente. Curioso, olhei pra janela pra ver de onde era. O prédio lá da frente refletindo raios solares. Aquela luz dourada. Saí do banho, fui pra sacada e vi esse céu rosa. Tirei a foto e decidi subir na cobertura do prédio, afinal, eu não ia lá desde que fui pro Canadá. Fiquei surpreso com a beleza do céu. Quando estamos sozinhos nesses momentos, é difícil não pensar que aquilo foi feito pra ti. Claro, na hora pensei que milhares de pessoas também estão vendo esse mesmo pôr-do-sol, em inúmeros países diferentes. Esse momento não é só meu. Mas ali de cima, desse prédio, com aquele ponto de vista, sim, é só meu.